Lançada em 31 de outubro no Prime Video, a série “Tremembé” retrata presas famosas e personagens inspiradas em casos reais. Uma delas, Cássia, vivida por Ana Paula Dias, chama atenção do público ao representar uma das figuras mais influentes da penitenciária.
A série Tremembé, lançada em 31 de outubro pelo Prime Video, retrata a história de presos conhecidos, mas algumas figuras secundárias, inspiradas em criminosos cujas ações foram menos repercutidas na mídia, também chamaram a atenção do público.
Cássia, que na atração aparece como uma das seguranças de Anna Carolina Jatobá, é um dos nomes que intrigou espectadores. Vivida pela atriz Ana Paula Dias, a personagem é apresentada como uma pessoa manipuladora e pragmática, que segue uma ordem hierárquica na penitenciária.
Na série, ela é vista como uma das detentas de maior influência, e oferece proteção a outras presas, além de Jatobá, em troca de favores. Antes da aliança com a condenada pelo caso Isabella Nardoni, as duas chegam a protagonizar um atrito na trama. Apesar de não ter a verdadeira identidade revelada, acredita-se que Cássia é baseada na figura de Regina Aparecida Costa, condenada a cumprir 20 anos de prisão.
Trechos do livro “Tremembé”, que inspirou a série, de Ulisses Campbell, revelam os delitos que ela teria cometido. De acordo com a obra, a mulher incentivava a exploração sexual da própria filha, de 11 anos, com outros homens. O livro destaca que os crimes aconteceram na cidade de Monte Aprazível, no interior de São Paulo, e que Regina recebia R$ 50 como recompensa por cada relação íntima.
O pedreiro Marco Marques de Souza, conhecido como Trem, namorado de Costa na época, foi um dos homens que teriam violado a criança. A condenada foi denunciada pela própria filha após ter conseguido fugir quando a mãe tentou ofertá-la para um grupo de colonos que haviam chegado na cidade para trabalhar nas plantações da região.

Depois de ser denunciada ao Conselho Tutelar, Regina foi presa após realizar exames médicos. Depoimentos de vizinhos e peritos, assim como um estudo psicossocial, confirmaram os abusos. Durante sua tentativa de defesa, a mulher afirmou que decidiu prostituir a própria filha, pois vivia em situação de miséria.
Na vida real, Regina foi condenada junto ao namorado pelos crimes de estupro de vulnerável, concurso de pessoas e crime continuado com agravante por envolver criança. Não há informações sobre a filha desde o decreto de prisão da mãe.
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