Desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o projeto prevê num primeiro momento ações policiais para prender lideranças de facções e retomar o território sequestrado pelos criminosos. A primeira operação ocorreu no mês passado, reunindo polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e o Ministério Público estadual. “A polícia entra, satura, depois entram os serviços públicos, e a polícia vai saindo aos poucos”, disse Sarrubbo. A iniciativa prevê serviços como Defensoria, mediação de conflitos, iluminação, urbanismo, saúde e educação. Os primeiros resultados deverão ser divulgados no mês que vem.
Um dos desafios está na relação conturbada entre Planalto e Palácio Guanabara. Após a operação nos complexos do Alemão e da Penha, Castro se queixou da falta de cooperação federal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, veio ao Rio anunciar a criação de um escritório conjunto de enfrentamento ao crime organizado, mas a relação voltou a se deteriorar quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a operação como “matança”. Outro desafio é a desconfiança de ingerência nos estados. Por uma visão equivocada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, que prevê maior participação federal no combate ao crime, tem enfrentado resistência do Congresso e de governadores oposicionistas.
