Aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal tentam minimizar sua participação política no Maranhão, mas há coincidências demais envolvendo seu nome
MERAS COINCIDÊNCIAS. São relações demais de Flávio Dino e questões envolvendo Brandão no Maranhão…
Seria mera coincidência que o partido responsável por pedir ao Supremo Tribunal Federal o afastamento do conselheiro Daniel Itapary Brandão – do Tribunal de Contas do Estado – seja o PCdoB, que foi a legenda do ministro Flávio Dino, do mesmo STF, durante toda a sua vida como deputado federal e governador do Maranhão?!?
Desde que resolveu, por um motivo ou outro, afastar-se do grupo que atuou pela sua eleição em 2022, o governador Carlos Brandão (sem partido) vem denunciando que Flávio Dino atua nos bastidores para inviabilizar seu governo politicamente; essas denúncias contam, inclusive, com a ajuda deste blog Marco Aurélio d’Eça. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)
Os dinistas – comunistas e socialistas – obviamente negam a acusação. As coincidências envolvendo as coisas políticas do Maranhão, no entanto, deixam uma dúvida no ar.
- é só coincidência que aliados do ministro no Judiciário e na Política apareçam em gravações de áudio tramaqndo contra o governador?!?;
- é só coincidência que um dos principais operadores do antigo governo Dino apareça em qualquer episódio que envolva dinistas em ações contra Brandão?!?;
- seria absoluta coincidência que o ministro Alexandre de Moraes, colega de Flávio Dino no Supremo, tenha movimentado este processo contra Daniel exatamente após Brandão reunir-se com o presidente Lula, em Brasília?!?.
Tudo isso, é claro, pode ser, sim, mera coincidência do destino.
Mas há um fato ainda mais grave envolvendo os Brandão e o ministro maranhense do STF:
- advogados do assassino do Tech Office, Gilbson Cutrim, acionaram recentemente o juiz de Execução Penal de São Luís em busca de progressão de regime garantido ao cliente;
- encaminhados ao ministro do Superior Tribunal de Justiça Humberto Martins, que cuida do caso, os advogados pediram uma, duas, várias vezes esse direito, ignorado por Martins;
- foi então que a defesa de Gilbson acorreu ao STF – em forma de Habeas Corpus – que, por sorteio eletrônico, caiu exatamente nas mãos de adivinhe quem? Flávio Dino.
O ministro maranhense já despachou ao ministro do STJ cobrando explicações sobre o caso Gilbson, prazo que se inspirou nesta segunda-feira, 10.
Essa movimentação toda também terá sido mera coincidência?!?
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