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A encruzilhada de Carlos Brandão

by admin

Com o tempo praticamente esgotado para decidir se é ou não candidato ao senado, Carlos Brandão acabou ficando refém do caos que seus irmãos e asseclas criaram para se manterem no poder.

Com a negativa do presidente Lula em relação à candidatura fantasiosa do filho de Marcus Brandão para o governo do Estado, o governador ficou praticamente sem opções para barganhar; na verdade ele sempre teve apenas duas opções, ou sairia para concorrer ao senado ou ficaria até o final para tentar eleger o sobrinho.

Qualquer outra opção é delírio de quem está acostumado com vices capachos, como um dirigente partidário das antigas, que teve a oportunidade de ser governador do Estado, anos atrás, mas preferiu uma sinecura para abrir caminho, e não atrapalhar a família Sarney. E como num passe de mágica, esse mesmo dirigente retorna do ostracismo para tentar atrapalhar mais uma vez o PT de ser protagonista no Maranhão. É ou não é um especialista em sabotar o próprio partido?

Brandão tentou de tudo, perdoou e aceitou o desertor Weverton Rocha de volta pensando que o Maragato fosse convencer Lula. Pediu ao próprio Sarney que tentasse convencer o presidente de que seu sobrinho era o melhor nome; depois tentaram usar e sequer respeitaram a luta de Roseana contra um câncer para conseguir o aval de Lula para Orleans e nada; sem falar na fortuna que gastaram com pesquisas, treinamentos e muita matéria de marketing para alavancar o nome do inexperiente herdeiro do clã para, pelo menos. parecer minimamente preparado nas entrevistas combinadas; mas nada deu resultado.

O que resta agora para Brandão é tomar a decisão de sair ou não sair para o senado. Se resolver ficar não terá mais o apoio do presidente Lula e vai enfrentar uma eleição delicada com três candidatos fortes contra o sobrinho despreparado, e pior, sem poder fazer figuração no palanque do tio fingindo que é um bom gestor fazendo populismo padrão.

E se resolver se escolher o caminho mais sensato terá que recuar e fazer um gesto enorme ao Felipe Camarão para, quem sabe, reconstruir as pontes com o grupo do ex-governador Flávio Dino, retomando a parceria vitoriosa na última eleição. Porém, até essa opção é complicada depois de tudo que o governador fez contra o seu vice.

Será que depois de todos os atropelos o governador teria a probidade de voltar atrás e cumprir a sua palavra, que, inclusive, foi dada ao presidente Lula em 2022?

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