Desde que Três Graças estreou no horário nobre da Globo, uma das imagens que mais chamou a atenção do público foi a escultura que dá nome à novela. Nas cenas, a obra de arte figura como um objeto de mistério, riqueza e poder, mas ao mesmo tempo desperta a curiosidade sobre sua origem e significado. Afinal, essa estátua existe de verdade? A resposta é sim, mas não exatamente no formato apresentado na ficção televisiva.
História da estátua das Três Graças
A escultura conhecida como As Três Graças tem raízes profundas na mitologia grega e na história da arte clássica. As três figuras representam Eufrosina, Aglaia e Tália, filhas de Zeus ligadas respectivamente à alegria, à elegância e à beleza. Ao longo dos séculos, artistas consagrados reinterpretaram esse tema em diferentes versões.
De acordo com registros online, uma das versões mais famosas foi criada pelo neoclássico italiano Antonio Canova entre 1814 e 1817, inicialmente encomendada pela imperatriz Joséphine de Beauharnais. Réplicas e interpretações dessa obra podem ser vistas em museus como o Victoria and Albert Museum, em Londres, e o Louvre, em Paris.
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Na novela da Globo, a estátua foi produzida especialmente para a trama pelos estúdios da emissora, em resina e pó de mármore, com cerca de 1,80 metro de altura. Apesar de ser uma peça cenográfica, sua construção e presença na narrativa reforçam simbolismos que vão além do mero enfeite: uma releitura da obra de arte para o audiovisual.
Quem é o autor da novela das nove
A novela Três Graças foi criada e escrita por uma equipe experiente liderada por Aguinaldo Silva, um dos nomes mais emblemáticos da teledramaturgia brasileira, com colaboração de Virgílio Silva e Zé Dassilva. A direção artística é de Luiz Henrique Rios.
Aguinaldo, vencedor de prêmios internacionais e responsável por clássicos memoráveis da Globo, afirma ter se inspirado em experiências vividas ao longo de quase duas décadas para construir essa história. A trama traz à tona temas sociais fortes, como desigualdade, maternidade precoce e esperança, ao mesmo tempo em que utiliza a imagem das Três Graças como plano de fundo.
Em Três Graças, a escultura transcende sua materialidade: ela se converte em símbolo de ambição, mistério e transformação, ecoando as lutas, injustiças e conquistas das três gerações que a novela coloca em primeiro plano.
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