Conseguiram superar-se, em feia topada da conduta cidadã, os congressistas alinhados com a descompostura de extremistas, ao propor legislação cevada de desfaçatez, em relação à derrotada “PEC da Bandidagem”.Agora, o escândalo de se tentar dar limites à atuação da Polícia Federal, reduzindo o alcance de investigações, quebra todos os recordes de escárnio, vencendo a tentativa anterior de blindar parlamentares coiteiros de criminosos.A desastrosa intentona de desvirtuar o Projeto Antifacção revela verdade de aspecto cristalino, qual seja, não se trata de identificar-se com perfil “direitista” ou ser “de esquerda”: é o país a ser defendido.Muito além de declarar-se adepta de um ou outro polo de coloração ideológica, a cidadania engajada sente o asco proveniente da peçonha, por ora sem efeito, graças ao antídoto da grita geral de resistência.Foram ousados os recalcitrantes, desta vez antecipando-se a toda e qualquer suspeição, ao propor uma poda institucional e inconstitucional, gerando o acúmulo de protestos até mesmo de especialistas associados à ideia de “direita”.A construção das versões do projeto de lei não apresentou consistência, depois da quarta redação, resultando em novo adiamento, ao deixar no rastro da inépcia liderada por Guilherme Derrite o eco do brado invencível: “Não passará!”.A barricada da sociedade, neste episódio do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado implica duas opções: ou a rasura é coautoria de incompetentes ou são competentes demais para beneficiar quem deveriam enfrentar.A investigação da causa do erro começa pela pergunta básica: a quem interessa desmobilizar a Polícia Federal? Uma possível resposta leva ao “vacilo” envolvendo o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.É de pasmar a indigência moral dos suspeitos, restando ao eleitorado consciente evitar manter suas prerrogativas, interrompendo o processo autoimune em curso no Brasil, no qual o regulamento democrático se volta contra a própria democracia.
Créditos
A facção do Congresso
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