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Adolescente de 14 anos está na lista de mortos em chacina no Rio

by admin
Caique Lima

Corpos de mortos em massacre no Rio de Janeiro são carregados por membros da Defesa Civil na Penha. Foto: José Lucena/Agência O Globo

Michel Mendes Peçanha, de 14 anos, é uma das vítimas confirmadas da megaoperação policial realizada na última terça (28) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. O nome do adolescente aparece na lista divulgada pelo governo do estado com 99 mortos já identificados. Segundo as autoridades, a média de idade das vítimas é de 28 anos.

Ainda há 18 corpos aguardando identificação. Segundo a CBN, nenhum dos 69 denunciados pelo MP aparece na lista parcial de mortos. Até o momento, o número total de vítimas é de 121 pessoas, sendo 117 apontadas como suspeitas e quatro policiais.

O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, disse que não há novos corpos a serem incluídos no balanço, mas confirmou que 12 agentes continuam hospitalizados, dois deles em estado grave. “O confronto foi intenso, mas o objetivo principal foi cumprido”, afirmou.

De acordo com a Polícia Civil, entre os 99 mortos identificados, 42 tinham mandados de prisão pendentes e 78 tinham histórico criminal grave, incluindo homicídio, tráfico e roubos. A corporação também informou que pelo menos 50 dos mortos eram de outros estados, reforçando a presença nacional do Comando Vermelho.

Policiais durante megaoperação que resultou em massacre no Rio. Foto: Jose Lucena/Estadão Conteúdo

Para o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, os complexos da Penha e do Alemão se consolidaram como o “centro nacional de decisões” da facção. “Essas comunidades deixaram de ser apenas o QG do Comando Vermelho no Rio. Hoje, de lá partem ordens e diretrizes para quase todos os estados onde o grupo atua”, afirmou.

Entre as vítimas identificadas estão chefes do tráfico vindos do Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraíba. As investigações apontam que as duas comunidades movimentavam até dez toneladas de drogas por mês e negociavam cerca de 50 fuzis mensalmente, distribuindo armas e entorpecentes para diversas regiões do país.

Pelo menos 24 comunidades do Rio, entre elas o Jacarezinho, a Rocinha, o Complexo da Maré e o Salgueiro, em São Gonçalo, dependiam do abastecimento vindo da Penha e do Alemão.



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