Alegria, cores e diversas formas de amor marcam a Passeata do Orgulho LGBTI+ do Rio, realizada na Praia de Copacabana, neste domingo. Sendo a primeira do Brasil, ela chega em sua 30ª edição com o tema “30 anos fazendo história: das primeiras lutas pelo direito de existir à construção de futuros sustentáveis”. Apesar do tempo instável, milhares de pessoas ocuparam a Avenida Atlântica, da Rua Francisco Otaviano até a Rua Constante Ramos, em celebração à diversidade.
- Parada do Orgulho LGBTI+: tudo o que precisa saber sobre o evento deste domingo em Copacabana
- Abertura de hospitais particulares dispara no Rio: 13 liberados e 47 estão na fila
O evento é organizado pelo Grupo Arco-Íris desde 1995, e na atual edição conta com 13 trios elétricos. A principal atração da festa, é a cantora Daniela Mercury, que retorna ao evento após seis anos de sua última participação.
— Quando tudo começou nós não sabíamos aonde chegaríamos, mas com ousadia resolvemos realizar a Parada. Então, hoje é uma alegria e um orgulho enorme saber que chegamos na nossa 30ª edição, com celebração. Ações para comunidade e apoio — disse Cláudio Nascimento, coordenador da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/q/m/S08KV9SjG9yZgLqkKllQ/whatsapp-image-2025-11-23-at-14.06.41.jpeg)
Além de diversas atrações musicais, o evento reafirma seu papel social. Neste ano, a Parada conta com um conjunto de serviços públicos oferecidos diretamente ao público incluindo prescrição de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), vacinação, distribuição de preservativos, informações sobre prevenção, orientações para retificação de nome e direitos sociais, ações de educação ambiental, acesso a serviços de assistência social e equipes de atendimento humanizado ao longo da orla.
A cor dessa cidade somos nós
Do posto seis até o posto 4, a diversidade colore a orla de Copacabana em clima de celebração e festa, com a cara do carnaval de rua carioca.
Na responsabilidade de não deixar o brilho do público acabar, 13 trios de diversas temáticas:
- – Trio de abertura;
- – Lésbicas;
- – Pessoas Trans;
- – Favelas;
- – Conscientização da Aids;
- – Povo Negro;
- – Grande Rio e interior;
- – Povos indígenas;
- – Arte e cultura LGBTI+ no Rio
Além de moradores da cidade, o público ainda é formado por turistas de passagem na cidade, ou preparados para a Parada. Esse é o caso do “quarteto fantástico” vindo da Aparecida do Norte, em São Paulo.
— Nós já frequentamos a Passeata de São Paulo, mas faltava conhecer a do Rio. Então, em julho nós programamos Essa viagem e estamos adorando — revelou Etiane Miranda.
— Venho nesse evento há 30 anos e garanto que esse clima carnavalesco é fundamental para acabar com a LGBTIfobia. É através de uma Parada dessa que conseguimos mostrar que toda essa comunidade está viva e presente na sociedade — disse Carlos Minc, deputado estadual.
A edição também marcou o anúncio de uma campanha para pedir a Prefeitura do Rio, o reconhecimento da Passeata do Orgulho LGBTI+ em patrimônio cultural da cidade.
Além da campanha, também está armados seis stands com serviços sociais e de direitos e pelo quarto ano do posto avançado de apoio a vítimas e suporte de violências que possam ocorrer (posto 2, na Praça do Lido).
Cerca de 500 agentes atuam no patrulhamento, fiscalização de ambulantes, ordenamento urbano e controle do trânsito. Só nos bloqueios, são 350 guardas municipais. As equipes reforçam a Operação Verão, fiscalizando barraqueiros autorizados e combatendo vendedores irregulares.
Drones e 21 câmeras do COR-Rio monitoram a movimentação. A Guarda Municipal também intensifica a distribuição de pulseiras de identificação para crianças.
