Você sabia que alguns alimentos consumidos no dia a dia podem prejudicar a saúde abdominal e favorecer o acúmulo de gordura na região da barriga? Especialistas em nutrição alertam que determinados produtos, especialmente os chamados alimentos inflamatórios, estão associados a processos metabólicos que impactam diretamente o organismo.
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De acordo com Tara Collingwood, nutricionista esportiva certificada e coautora do livro Flat Belly Cookbook for Dummies, diversos alimentos, condimentos e bebidas amplamente consumidos podem estimular a inflamação no corpo e contribuir para o aumento da gordura abdominal. A especialista compartilhou as informações em entrevista ao portal Eat This, Not That.
Segundo Collingwood, o problema não está apenas no valor calórico desses alimentos, mas no efeito que eles causam no metabolismo. “Alimentos altamente inflamatórios podem provocar inflamação crônica, resistência à insulina e desequilíbrios hormonais, fatores que favorecem o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal”, explica.
Inflamação e saúde metabólica
A inflamação crônica de baixo grau é considerada um dos principais gatilhos para alterações metabólicas. Quando o organismo entra nesse estado, passa a ter mais dificuldade para regular o açúcar no sangue, controlar o apetite e manter o equilíbrio hormonal, o que pode refletir no aumento da circunferência abdominal.
Especialistas reforçam que a gordura abdominal não está associada apenas a questões estéticas, mas também a riscos à saúde, como maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e distúrbios inflamatórios.
Alimentos que merecem atenção
Entre os principais alimentos e bebidas apontados como inflamatórios e que podem contribuir para o acúmulo de gordura na barriga, estão:
Carboidratos refinados, como pão branco, massas feitas com farinha refinada e doces industrializados. Esses alimentos provocam picos rápidos de glicose no sangue.
Açúcares adicionados, presentes em refrigerantes, sucos artificiais, sobremesas e produtos ultraprocessados, que favorecem resistência à insulina.
Gorduras trans, encontradas em óleos parcialmente hidrogenados, margarinas industriais e produtos de panificação prontos.
Carnes processadas, como bacon, salsichas, linguiças e cachorros-quentes, associadas a processos inflamatórios e maior risco cardiovascular.
Alimentos fritos, a exemplo de batatas fritas e frango frito, ricos em gorduras oxidadas.
Álcool, especialmente cerveja e bebidas alcoólicas com alto teor de açúcar, que afetam o fígado e o metabolismo da gordura.
Adoçantes artificiais, como aspartame e sucralose, que podem interferir na microbiota intestinal em algumas pessoas.
Óleos vegetais ricos em ômega-6, como óleo de milho, soja e girassol, quando consumidos em excesso e sem equilíbrio com fontes de ômega-3.
Equilíbrio é a chave
A nutricionista ressalta que não se trata de demonizar alimentos isoladamente, mas de avaliar o padrão alimentar como um todo. Uma dieta baseada em alimentos naturais, ricos em fibras, proteínas de qualidade e gorduras boas, aliada a hábitos saudáveis, pode ajudar a reduzir inflamações e melhorar a saúde abdominal.
