O paranaense Allan Aal, ex-Coritiba e Paraná Clube, viveu uma temporada de altos e baixos, mas segue consolidado como um técnico para as equipes que disputam a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2025, o treinador salvou o Noroeste do rebaixamento do Paulistão, além de levar para a Série D, e ainda participou de boa parte da campanha de permanência do Botafogo-SP na Segunda Divisão.
Na Série B, Allan Aal trabalhou em 22 partidas no Botafogo-SP, com seis vitórias, seis empates e dez derrotas. A passagem teve uma sequência invicta de quatro jogos, mas também um jejum de seis partidas sem ganhar. A saída ocorreu após a derrota para o Coritiba por 2 a 0, no Couto Pereira.
Apesar da oscilação, o trabalho de Allan Aal foi bem avaliado pelas pessoas que trabalham no clube de Ribeirão Preto. Ele somou 24 dos 42 pontos conquistados pela Pantera na Série B e somou vitórias importantes, entre elas contra a Chapecoense, que subiu para a Série A, e outra fora de casa diante do Goiás.
“Conseguimos fazer uma pontuação boa, tivemos uma invencibilidade de cinco partidas e contribuímos para que atingisse a pontuação final. Tivemos dificuldades com estrutura e algumas contratações que não conseguimos fazer na janela. Nós contávamos com isso e ainda perdemos alguns atletas. Conversamos com a diretoria e, para criar um oxigênio novo, nós achamos por bem deixar o clube. Deixamos que as mudanças que precisavam ser feitas fossem feitas”, conta Aal, em entrevista ao UmDois Esportes.
“Logo depois da manutenção, as pessoas me mandaram mensagem para agradecer pelo trabalho e a pontuação que alcançamos. Esperamos que ano que vem seja mais tranquilo e possamos pegar situações mais equilibradas. A Série B é um mercado muito forte, temos uma participação contínua nos últimos seis anos, com acesso, campanhas que livraram algumas equipes e até quase acesso. São histórias e equipes que trabalhamos e deixamos as portas abertas”, acrescenta o técnico.
Desde que estreou na Série B em 2020, pelo Paraná Clube, Allan Aal conquistou um acesso para a elite do Campeonato Brasileiro com o Cuiabá e ainda ajudou o Vila Nova a permanecer na Segundona. Ele ainda trabalhou na competição por Guarani, CRB, Novorizontino e ABC.
Amigo Mozart, campeão com o Coritiba, é exemplo para Allan Aal
Na Série B deste ano, Allan Aal teve a oportunidade de encontrar duas vezes o amigo Mozart. Revelados pelo Coxa, os dois foram campeões paranaenses com o Coritiba em 1999, título que marcou a primeira conquista do clube após dez anos de jejum.
No confronto entre eles, Mozart soma cinco vitórias, contra duas de Aal, além de dois empates. Mesmo com o retrospecto negativo, o treinador não esconde a admiração pelo amigo. “A gente fica muito feliz. O Mozart é um cara que a gente jogou junto nas categorias de base, começamos a jogar juntos em 1998 e fomos campeões profissionais em 1999. Nos encontramos em alguns momentos e sempre tivemos uma relação muito boa. É uma relação que a gente torce pelos amigos e fica feliz por ele ter conseguido o acesso e o título”, destaca.
Nos últimos anos, Mozart quase subiu com o Novorizontino e levou Mirassol e Coritiba novamente para a Série A. Por isso, Aal se inspira no amigo para crescer ainda mais na carreira. “O processo quando sai de ex-atleta para treinador também tem que ser gradativo, assim como é na época de jogador. Ele trabalhou na base, assim como eu trabalhei na base do Coritiba. Pegamos equipes com menos investimento, eu principalmente”, fala.
“A gente espera que ele possa seguir o caminho dele com vitórias e conquistas. É um cara que tem uma característica de jogo que admiro muito e a gente tem um perfil de comando e personalidade parecido. Os jogos um contra o outro nunca são fáceis, mas estamos felizes por estarmos na mesma caminhada. Esperamos que cada vez a gente se consolide na Série B e daqui a pouco talvez na Série A”, ressalta Aal.
Assista à entrevista com o técnico Allan Aal
