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Análise: Aliados de Bolsonaro não vão ceder na defesa de prisão domiciliar

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A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira (19) que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e necessita de procedimento cirúrgico. Apesar do diagnóstico, os aliados do ex-presidente mantêm a posição de que ele deve cumprir prisão domiciliar, e não aceitam outras alternativas.

De acordo com a analista de Política da CNN, Isabel Mega, existe uma expectativa entre os bolsonaristas em torno da data do Natal, considerando o peso emocional de ter o ex-presidente em situação de detenção neste período. Mesmo com a perícia não tendo indicado situação de emergência, os aliados de Bolsonaro seguem confiantes na possibilidade de uma decisão que permita o procedimento cirúrgico nos próximos dias.

Estratégia jurídica e política

A defesa do ex-presidente trabalha com a ideia conjunta de prisão domiciliar, aguardando possível manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o pedido apresentado. Segundo Isabel Mega, os aliados de Bolsonaro não vão ceder na defesa da domiciliar, mesmo diante da possibilidade de transferência para a chamada “Papudinha”, área reservada do complexo penitenciário onde está detido, por exemplo, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

“Por mais que a papudinha não seja aquela papuda clássica do imaginário das pessoas, e sim uma área reservada com espaço confortável na comparação com outras possibilidades de cumprimento de pena, os aliados adotam o seguinte discurso: pode até ser menos pior, mas vamos continuar fazendo a estratégia de chamar a atenção para a saúde de Jair Bolsonaro e de falar que ele precisa, nessa altura do campeonato, ir para a prisão domiciliar”, explicou a analista.

Os bolsonaristas sustentam que o laudo dos médicos indicados pela defesa já havia apontado a necessidade do procedimento cirúrgico, e criticam as decisões do ministro Alexandre de Moraes, argumentando que a saúde do ex-presidente estaria sendo tratada com viés político em vez de médico.

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