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Ancorado no Recife, navio do Greenpeace convida a população para visitação gratuita neste fim de semana

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Neste sábado e domingo (6 e 7), o navio-símbolo da organização ambientalista Greenpeace abre suas portas para a visitação gratuita no Recife. O Rainbow Warrior está ancorado no terminal marítimo Nelcy da Silva Campos, o “Novo Porto do Recife”, em frente à praça do Pilar, no Recife Antigo. A embarcação chegou na última terça-feira (2) após mais de um mês na costa do Pará, região Norte do Brasil, onde promoveu atividades voltadas para o encontro das partes da ONU sobre o clima (COP-30). Desde 1978, o Greenpeace usa o barco para articulações locais e denunciar impactos ambientais nos oceanos.

A visitação funciona das 9 horas às 16 horas, permitindo à população conhecer o navio por dentro e entender sua missão nas campanhas globais, além da possibilidade de diálogo com a tripulação da embarcação. O novo terminal marítimo fica na avenida Alfredo Lisboa, próximo ao leão de barro do Mestre Nuca, a 800 metros de distância (2 minutos de carro ou 10 minutos andando) da praça do Marco Zero. A embarcação é mundialmente conhecida por sua atuação pacífica, mas de intervenção direta contra a caça de baleias e focas ou contra a exploração de petróleo.

O Rainbow Warrior também resgata a denúncia do maior crime ambiental já registrado nos mares do Brasil: o derramamento de óleo que, em 2019, espalhou cerca de 5 mil toneladas de petróleo por mais de 3 mil quilômetros do litoral, atingindo manguezais, estuários e a subsistência de comunidades pesqueiras, especialmente no Nordeste. Mariana Andrade, coordenadora de oceanos do Greenpeace Brasil, estima que mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelo desastre. “É preocupante constatar que outras áreas costeiras brasileiras, como a Foz do Amazonas, também estão sujeitas a danos socioambientais irreparáveis”, alerta a ambientalista.

Leão de barro do Mestre Nuca com o novo Terminal de Passageiros do Recife ao fundo | Crédito: Divulgação

Sob o lema “do morro ao mar, justiça climática para quem resiste”, o “Guerreiro do Arco-Íris” chega à capital pernambucana para fortalecer a discussão sobre como as mudanças climáticas impactam a vida de quem vive nas comunidades periféricas e costeiras. “As decisões sobre o clima só fazem sentido quando dialogam com as experiências e demandas das comunidades que vivem na linha de frente dos impactos climáticos”, diz Leilane Reis, coordenadora o Greenpeace Brasil para o tema de justiça climática. Para ela, tratar do tema “exige escutar e fortalecer as populações que convivem com as desigualdades ambientais”.

Há 47 anos, o Greenpeace colocou o Rainbow Warrior no mar, atuando em campanhas contra a caça às baleias e a focas, além do combate aos testes nucleares nos mares. Após apenas sete anos de atuação, em 1985 o navio foi atacado com bombas pelo serviço de inteligência da França, ação que vitimou um fotógrafo português que integrava o Greenpeace. O ataque francês ocorreu na costa da Nova Zelândia, na Oceania. Um novo Guerreiro do Arco-Íris foi colocado no mar em 2011, desta vez um navio projetado especifricamente para a organização ambientalista. Esta é a embarcação que está no Recife.

Organização ativista ambiental sem fins lucrativos, o Greenpeace atua desde 1971 por um planeta em que haja mais respeito aos biomas, liderando campanhas pacíficas contra governos, empresas e projetos que ameacem ecossistemas, especialmente florestas e áreas costeiras. No Brasil, o Greenpeace instalou em 1992 um escritório para coordenar sua atuação no país.

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