Publicado a
O multimilionário checo e primeiro-ministro indigitado Andrej Babiš assinou na segunda-feira um acordo de coligação com aliados de direita, o que o aproxima mais uma vez do cargo.
O seu partido ANO (“Sim”) juntou-se aos céticos das alterações climáticas, o partido Autos-Motoristé (“Partido dos Motoristas”), e ao SPD (“Liberdade e Democracia Direta”), que é contra a UE e a NATO.
O anúncio surge depois de o presidente da República Checa ter pedido a Babiš que formasse um novo governo até meados de dezembro, após a vitória do seu partido nas eleições legislativas do mês passado.
“Babiš prometeu apresentar o acordo de coligação e as suas prioridades no final desta semana!, afirmou Petr Pavel num comunicado.
Os partidos concordaram em criar um gabinete de 16 membros, com a ANO a ocupar oito lugares e o primeiro-ministro. Os Motoristas terão quatro e o SPD três.
Babiš e a ANO obtiveram 34,51% dos votos, derrotando a coligação conservadora pró-ocidental liderada pelo primeiro-ministro cessante Petr Fiala.
A nova parceria tripartida terá 108 lugares na Câmara Baixa do Parlamento, com 200 lugares, relegando Fiala para a oposição.
O regresso de Babiš, apoiado por partidos eurocéticos , poderá enfraquecer o apoio à defesa da Ucrânia contra a invasão total da Rússia, tendo ele já anunciado que porá fim a qualquer ajuda a Kiev proveniente de Praga.
Babiš, de 71 anos, já foi primeiro-ministro da República Checa de 2017 a 2021.
