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Apesar de um ano excepcional para os bilionários, estes 10 ficaram mais pobres em 2025

by admin

JAMEL TOPPIN PARA FORBES

Michael Saylor

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Foi um ano bom impulsionado pela inteligência artificial para muitos dos bilionários do mundo. A maioria está mais rica do que estava quando brindou a chegada de 2025 e, como grupo, eles somavam um patrimônio recorde de US$ 18,7 trilhões (R$ 103,79 trilhões) em 22 de dezembro.

Mas nem todos saíram vencedores. Aproximadamente um quarto dos mais de 2.700 bilionários que existiam ao final de 2024 (excluindo 36 que morreram desde então) ficou mais pobre ao longo do último ano, incluindo 85 que deixaram de ser bilionários.

Ninguém caiu tanto quanto Nicolas Puech, herdeiro de quinta geração da Hermès, na França, que alegou que suas ações da empresa haviam desaparecido e que seu falecido consultor financeiro teria vendido os papéis sem seu conhecimento ao bilionário francês Bernard Arnault e ao conglomerado de luxo LVMH (acusação negada tanto por Arnault quanto pela LVMH).

Sem essas ações, a Forbes retirou Puech — que tinha um patrimônio estimado em US$ 14,8 bilhões (R$ 82,14 bilhões) ao fim de 2024 — da lista de bilionários.

No total, mais de 660 bilionários (e ex-bilionários) estão menos ricos em 2025, embora a maioria dos casos tenha sido bem menos escandalosa, com fatores adversos como tarifas, inflação, juros mais altos e avanços da IA afetando suas fortunas.

Houve perdedores na maioria dos setores, mas a indústria de manufatura liderou com 101 nomes, seguida por tecnologia (89) e moda e varejo (77). Eles vêm de 51 países, embora os Estados Unidos liderem com 186 bilionários (e ex-bilionários) em queda, seguidos por Índia (109) e China (91).

Gary Friedman, presidente e CEO americano da Restoration Hardware, que comanda a varejista de móveis de alto padrão listada em bolsa desde 2001, foi outro grande perdedor do ano. Sua fortuna caiu de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,66 bilhões), para algo em torno de US$ 850 milhões (R$ 4,72 bilhões), após as ações da RH despencarem 55% em 2025, em grande parte devido às tarifas impostas pelo presidente Trump.

Reagindo ao impacto de um anúncio tarifário de Trump sobre o preço das ações da RH em abril, Friedman não conseguiu se conter e soltou um “Oh m***a” durante a teleconferência de resultados daquele dia. Provavelmente, ele não foi o único bilionário — ou ex-bilionário — a ter pensado o mesmo ao longo do último ano.

1- Willis Johnson

Patrimônio em 22 de dezembro: US$ 2,3 bilhões (R$ 12,77 bilhões) (-US$ 1 bilhão em 2025 / -R$ 5,55 bilhões)
Fonte da fortuna: carros danificados
Cidadania: Estados Unidos

A forte demanda automotiva durante a pandemia de Covid-19 transformou a Copart, empresa sediada em Dallas e líder em leilões online de carros usados e sinistrados, em uma grande vencedora em meio às interrupções da cadeia de suprimentos e aos preços elevados de veículos usados. Com o enfraquecimento desses ventos favoráveis, as ações da Copart recuaram 30% desde as máximas de maio.

2- E. Joe Shoen

Patrimônio: US$ 3,3 bilhões (R$ 18,32 bilhões) (-US$ 1,1 bilhão / -R$ 6,11 bilhões)
Fonte da fortuna: U-Haul
Cidadania: Estados Unidos

3- Mark Shoen

Patrimônio: US$ 3,9 bilhões (R$ 21,65 bilhões) (-US$ 1,2 bilhão / -R$ 6,66 bilhões)
Fonte da fortuna: U-Haul
Cidadania: Estados Unidos

Receitas recordes da U-Haul vêm sendo ofuscadas pela depreciação da frota e pelo aumento dos custos operacionais, ajudando a derrubar as ações em 26% no último ano e a eliminar mais de US$ 2 bilhões (R$ 11,1 bilhões) combinados das fortunas do presidente Joe Shoen e do CEO Mark Shoen.

Os irmãos controlam a empresa fundada por seus pais em 1945, após uma notoriamente conturbada disputa familiar pelo poder nos anos 1980 que reformulou a liderança da U-Haul.

4- Andrew Bialecki

Patrimônio: US$ 2,9 bilhões (R$ 16,10 bilhões) (-US$ 1,2 bilhão / -R$ 6,66 bilhões)
Fonte da fortuna: software de marketing
Cidadania: Estados Unidos

As ações da Klaviyo, empresa de automação de marketing cofundada por Bialecki, atingiram máxima histórica em fevereiro, com alta de 40% em relação ao IPO de 2023, impulsionadas pelo forte apetite dos investidores por tecnologia corporativa.

Desde então, o entusiasmo diminuiu, e os papéis caíram cerca de 22%, à medida que investidores moderam expectativas de crescimento para empresas de SaaS em um cenário de orçamentos corporativos mais apertados e concorrência crescente.

5- Albert Chao & família
James Chao & família
Dorothy Chao Jenkins & família

Patrimônio: US$ 2,8 bilhões cada (R$ 15,54 bilhões) (-US$ 1,3 bilhão cada / -R$ 7,22 bilhões)
Fonte da fortuna: produtos químicos
Cidadania: Estados Unidos

Os irmãos Chao possuem, cada um, cerca de 25% da Westlake Corporation, fabricante de petroquímicos e plásticos fundada por seu pai, T. T. Chao, em 1986. Resultados fracos e a desaceleração da demanda global na construção e na indústria pesaram fortemente sobre as ações neste ano, contribuindo para uma queda de 35% e deixando os irmãos, juntos, cerca de US$ 3,8 bilhões (R$ 21,09 bilhões) mais pobres do que há um ano.

6- Joe Mansueto

Patrimônio: US$ 5,3 bilhões (R$ 29,42 bilhões) (-US$ 1,7 bilhão / -R$ 9,44 bilhões)
Fonte da fortuna: pesquisa de investimentos
Cidadania: Estados Unidos

Mansueto fundou a Morningstar há mais de três décadas e ainda detém um terço da empresa de serviços financeiros e pesquisa de investimentos.

As ações recuaram quase 35% nos últimos seis meses, acompanhando um movimento mais amplo de queda em papéis de serviços de informação, em meio a preocupações com a IA generativa.

Ao mesmo tempo, Mansueto vem diversificando seus interesses e sua fortuna ao ajudar pessoalmente a financiar um estádio específico para futebol, de US$ 650 milhões (R$ 3,61 bilhões), no South Loop, para seu time da MLS, o Chicago Fire.

7- Thomas Hagen & família

Patrimônio: US$ 5,6 bilhões (R$ 31,08 bilhões) (-US$ 2,1 bilhões / -R$ 11,66 bilhões)
Fonte da fortuna: seguros
Cidadania: Estados Unidos

Hagen e sua família controlam a empresa por trás da seguradora Erie Insurance, que atua nos ramos automotivo, residencial, empresarial e de vida.

As ações atingiram o pico em outubro de 2024 e, desde então, caíram de forma acentuada, acompanhando outras seguradoras, incluindo uma queda de 8% após os resultados do terceiro trimestre ficarem abaixo das expectativas de receita em outubro.

8- Michael Saylor

Patrimônio: US$ 5,2 bilhões (R$ 28,86 bilhões) (-US$ 2,4 bilhões / -R$ 13,32 bilhões)
Fonte da fortuna: criptomoedas
Cidadania: Estados Unidos

Ninguém aposta tanto em criptomoedas quanto Saylor — que liderou sua empresa de software corporativo listada em bolsa, a Strategy (antiga MicroStrategy), na compra de mais de 670 mil bitcoins (avaliados em quase US$ 60 bilhões, ou R$ 333 bilhões) e também acumulou uma reserva pessoal bilionária.

As ações mais do que dobraram nos últimos dois anos com a disparada do preço do bitcoin. Agora, porém, com as criptomoedas em queda, os papéis recuam 45% em 2025, eliminando bilhões do patrimônio de Saylor.

9- Scott Farquhar

Patrimônio: US$ 11,2 bilhões (R$ 62,16 bilhões) (-US$ 3,6 bilhões / -R$ 19,98 bilhões)
Fonte da fortuna: software
Cidadania: Austrália

10- Mike Cannon-Brookes

Patrimônio: US$ 11,6 bilhões (R$ 64,38 bilhões) (-US$ 3,7 bilhões / -R$ 20,54 bilhões)
Fonte da fortuna: software
Cidadania: Austrália

Os cofundadores da Atlassian se tornaram bilionários da tecnologia ao construir uma das plataformas de software de colaboração corporativa mais usadas do mundo. Mas as ações caíram 32% neste ano, com investidores preocupados com a retração de clientes empresariais na compra de serviços de software em nuvem, diante de orçamentos mais restritos e juros elevados.

11- Jeff T. Green

Patrimônio: US$ 2,6 bilhões (R$ 14,43 bilhões) (-US$ 3,7 bilhões / -R$ 20,54 bilhões)
Fonte da fortuna: publicidade digital
Cidadania: Estados Unidos

A Trade Desk, empresa de publicidade digital fundada por ele em 2009, foi uma vencedora na era da pandemia, impulsionada pela migração para publicidade programática.

Hoje, porém, o cenário é mais difícil, com investidores preocupados com a desaceleração do crescimento da receita e o aumento das despesas operacionais.

As ações caíram 68% após a divulgação dos resultados fiscais de 2024, em fevereiro; 39% após os resultados do segundo trimestre de 2025, em agosto; e 14% após os números do terceiro trimestre, no início de novembro, apesar de terem superado as expectativas de Wall Street. No total, o papel acumula queda de 68% em 2025.

12- Manuel Villar

Patrimônio: US$ 4,8 bilhões (R$ 26,64 bilhões) (-US$ 13,5 bilhões / -R$ 74,93 bilhões)
Fonte da fortuna: mercado imobiliário
Cidadania: Filipinas

O presidente de 76 anos da incorporadora Vista Land & Lifescapes, sediada em Manila, viu sua fortuna encolher em mais de US$ 5 bilhões (R$ 27,75 bilhões) ao longo de dois dias, em novembro, após a empresa anunciar que reduziria em 99% a avaliação de um de seus principais empreendimentos no sul da região metropolitana de Manila.

As ações da Vista, que haviam retomado as negociações após ficarem suspensas desde maio devido à falta de apresentação de um relatório financeiro auditado, despencaram quase 50% com a notícia



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