O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu nesta quinta-feira às críticas do seu antecessor e padrinho político, Arthur Lira (PP-AL), sobre sua atuação na votação da cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ).
Na véspera, o plenário decidiu poupar o parlamentar da punição mais severa e suspendeu seu mandato por seis meses. Glauber entrou na mira dos colegas sob acusação de quebra de decoro parlamentar por ter expulsado, aos empurrões, um militante do Movimento Brasil Livre, no ano passado.
Durante entrevista à GloboNews nesta tarde, o atual chefe da Câmara disse que sua gestão “não se move por conveniências individuais, nem deve servir como ferramenta de revanchismo”. Além disso, afirmou trabalhar com “total imparcialidade”, exercendo suas responsabilidades com “seriedade, equilíbrio e abertura ao diálogo”.
“Nosso dever é garantir o pleno funcionamento das instituições, acolhendo todas as vozes do Parlamento e mantendo o respeito entre os Poderes”, completou Motta.
Lira, que atuava nos bastidores para cassar o colega, com quem travou duros embates quando ainda estava à frente da Câmara, queixou-se em mensagens no WhatsApp pela forma como Motta conduziu os trabalhos. Disse que a Casa está uma “esculhambação”, defendendo uma “reorganização”, em diálogos publicados pelo G1 e confirmadas por CartaCapital.
