Após nova polêmica sobre os gramados sintéticos, o Palmeiras compartilhou, nesta sexta-feira (12), um levantamento sobre a média de lesões anuais nos clubes da Série A. A pesquisa foi feita pelo Gato Mestre, do ge.globo, entre os anos de 2016 a 2024.
O Verdão, no entanto, divulgou uma amostragem de 2020 (ano da instalação do sintético no Allianz Parque) a 2024. O clube teve média de apenas 28 lesões ao longo de cada temporada. O Athletico, por sua vez, foi o segundo clube com menos jogadores no departamento médico, com média de 29,4 lesões por ano.
Ambos foram os únicos com média menor de 30 lesões. O Flamengo, clube que mais reclamou dos campos artificiais e até protocolou um pedido à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para vetar o uso da grama sintética, teve 35 lesões por temporada.
Para comprovar seus dados, o Palmeiras ainda comparou as estatísticas com a média europeia e o tempo menor de dias perdidos por atletas em recuperação no DM. O clube paulista ainda pegou matérias e declarações que citam as condições ruins de gramados naturais, principalmente do Maracanã, estádio que recebe os jogos do Mengão.
Athletico e clubes da Série A divulgam nota rebatendo Flamengo
Na última quinta-feira (11), o Athletico, junto com Atlético-MG, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras, divulgou uma nota oficial em conjunto para defender o uso do gramado sintético em jogos no futebol brasileiro. O pronunciamento veio após o pedido do Flamengo para que a CBF mantenha somente as gramas naturais nos estádios.
No texto, os clubes lamentam a falta de padronização dos gramados no Brasil e afirmam que “direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada”.
A CBF, em resposta ao Flamengo, decidiu não homologar novos campos artificiais até nova reunião, que deverá acontecer até março de 2026. No Brasileirão do próximo ano, por exemplo, serão cinco estádios com gramados sintéticos: Arena da Baixada, Arena MRV, Nilton Santos, Arena Condá e Allianz Parque.
Confira a nota completa divulgada pelo Athletico
Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.
Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.
Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.
É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.
O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto.
Athletico Paranaense – Atlético – Botafogo – Chapecoense – Palmeiras
