O árbitro Lucas Paulo Torezin relatou na súmula toda a briga generalizada que aconteceu durante a final da Taça Paraná entre Capão Raso e Trieste, no estádio José Carlos de Oliveira Sobrinho, em Curitiba, no último sábado (13). A decisão foi suspensa durante os pênaltis por conta das agressões e da falta de segurança.
Torezin relatou que a confussão iniciou durante a quinta cobrança de pênalti do Trieste. O atleta Anderson Cordeiro, do Capão Raso, que estava no banco de reservas, se aproximou do jogador Jair pelas costas e disse: “Você vai errar seu m…, você é horrível”. Ele ainda deu uma peitada no adversário.
Na sequência, jogadores das duas equipes iniciaram a briga generalizada. Um atleta do Triste, não identificado por estar de colete, empurrou Anderson, que revidou com um soco. A partir deste momento, houve troca de socos e pontapés por cerca de dois minutos, segundo o árbitro.
A arbitragem ainda escreveu que não foi possível aplicar os cartões vermelhos no gramado por conta das invasões de campo por torcedores do Capão Raso e da falta de segurança. No total, 11 jogadores do Capão Raso e outros sete do Trieste foram expulsos na confusão. Ainda houve a expulsão de dois membros das comissões técnicas – um de cada lado.
Os expulsos na confusão foram:
- Capão Raso: Anderson (camisa 17), Geovane (camisa 10), Bruno Ciscon (camisa 11), Natan (camisa 9), David Willian (camisa 16), Wellington (camisa 15), Rogério (camisa 23), Marcelo (camisa 20), João Antonio (camisa 21), Alex (camisa 2), Allan (camisa 3) e Christiam Emilio de Faria (assistente);
- Trieste: Bill (camisa 18), Jair (camisa 4), Fefe (camisa 11), Everton (camisa 20), Gilton (camisa 14), Tilly (camisa 6), Ever (camisa 3) e Claudirlei Ribeiro Blam (preparador de goleiros).
Relembre a confusão na final da Taça Paraná entre Capão Raso e Trieste
Com bola rolando, Capão Raso e Trieste repetiram o placar do jogo da ida e empataram em 1 a 1. Após nove cobranças de pênaltis, o placar marcava 3 a 2 para o Capão Raso, quando o jogo foi interrompido. Primeiro, os atletas começaram por provocações. Ainda entre eles, os xingamentos evoluíram para agressões físicas, com socos, chutes e voadoras.
Na sequência, parte dos torcedores do clube mandante, que estavam nas arquibancadas, forçaram um portão e invadiram o campo. Com a confusão geral, alguns jogadores do Trieste pularam o muro e foram para fora do estádio, outros correram direto aos vestiários. Não havia policiamento no momento da briga.
Dois jogadores do Trieste precisaram ser encaminhados para o hospital – atacante Bill, ex-Coritiba, e zagueiro Jair. Os dois receberam atendimento médico e passaram por um período de observação.
O caso agora vai para o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) para punir os envolvidos na confusão e definir o campeão da Taça Paraná.
Já a Federação Paranaense de Futebol (FPF) repudiu o caso.
“A Federação Paranaense de Futebol lamenta o ocorrido na partida entre Capão Raso e Trieste, pela final da 60ª Taça Paraná. O jogo foi interrompido depois de uma briga generalizada, seguida de invasão de campo por torcedores durante a decisão por pênaltis.
Com a confusão, o árbitro Lucas Paulo Torezin encerrou a disputa por falta de segurança e a competição terminou sem a definição de um campeão.
Pedimos desculpas a todos que acompanham o futebol amador do nosso estado. Episódios de violência são incompatíveis com os valores que o esporte deve representar.
A FPF informa, ainda, que as imagens serão encaminhadas ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) e que tomará as medidas necessárias”.
