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Argentina Arrecada US$ 321,9 Milhões Com Venda de Imóveis Públicos

by admin

Carlos Alvarez/Getty Images

Sozinho, o empresário Eduardo Costantini concentrou mais de 60% das arrematações dos imóveis colocados à venda em leilões promovidos pelo governo argentino, consolidando-se como o principal comprador individual desses ativos públicos

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O mercado imobiliário ligado a ativos públicos viveu um ano histórico na Argentina. A Agência de Administração de Propriedades Estatais (AABE) bateu recordes em 2024 ao arrecadar US$ 321,9 milhões (R$ 1,7 bilhão) em leilões de terrenos e imóveis do Estado.

Grande parte das áreas negociadas está localizada em regiões estratégicas e de alto valor comercial. As operações integram o programa do governo argentino para se desfazer de mais de 300 propriedades públicas, com a meta de arrecadar cerca de US$ 800 milhões (R$ 4,44 bilhões), além de reduzir os custos de manutenção de ativos considerados improdutivos.

A lista inclui prédios administrativos, galpões, terrenos baldios, antigas áreas ferroviárias e imóveis de elevado potencial imobiliário. O resultado é comemorado dentro da AABE, já que o montante arrecadado representa quase metade da meta prevista, mesmo com diversos imóveis bem localizados ainda aguardando leilão.

Quem liderou as aquisições

O principal protagonista do ano foi o empresário do setor imobiliário Eduardo Costantini. Em outubro, ele desembolsou mais de US$ 127 milhões (R$ 705 milhões), para adquirir um terreno de mais de quatro hectares onde atualmente funciona o Portal Palermo, que abriga as lojas Jumbo e Easy, no cruzamento das ruas Intendente Bullrich e Cerviño, no bairro de Palermo.

Em maio, Costantini já havia pago US$ 21 milhões (R$ 116,6 milhões), por outro terreno estratégico em Palermo, localizado na Rua Soldado de la Independencia 615, entre Ortega y Gasset e San Benito, a poucos metros do Campo de Polo Argentino.

Pouco depois, a Argencons, empresa da qual Costantini se tornou acionista majoritário ao adquirir 51% do capital no fim de maio, comprou um amplo terreno em Belgrano que pertencia à Polícia Federal por US$ 46,5 milhões (R$ 258,1 milhões).

A construtora anunciou que desenvolverá no local um empreendimento residencial de alto padrão sob a marca Quartier. Somadas essas três operações, Costantini investiu mais de US$ 194 milhões (R$ 1,08 bilhão), valor que corresponde a aproximadamente 60% de tudo o que a AABE arrecadou em leilões no ano.

O que está por vir

Entre os próximos leilões previstos, destaca se um complexo residencial localizado em Retiro. O imóvel foi ofertado pela primeira vez em dezembro do ano passado e voltou a leilão no meio deste ano, mas a venda precisou ser adiada por falta de interessados.

O conjunto de edifícios, situado na Rua Juncal, entre Basavilbaso e Esmeralda, está sendo oferecido por pouco mais de US$ 13 milhões (R$ 72,2 milhões). Outro ativo bastante aguardado pelo mercado é um terreno localizado nas avenidas Antártida Argentina e Comodoro Py, pertencente aos Correios da Argentina.

No local funciona o Centro Postal Internacional, conhecido pelas longas filas durante o auge das entregas porta a porta entre 2012 e 2014.

O quarteirão ocupa cerca de 12.800 metros quadrados e, embora ainda não tenha preço de referência nem data de leilão oficial, o mercado estima seu valor em mais de US$ 17 milhões (R$ 94,4 milhões).

Também está em andamento o processo de leilão do Parque de la Costa, em Tigre. Apesar de ainda não haver data nem preço inicial definidos, trata se de uma área com mais de 51.000 metros quadrados que atualmente funciona como parque de diversões.

Ao todo, o Estado argentino possui pelo menos 140 propriedades que planeja colocar em leilão ao longo do próximo ano.



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