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Barricada Zero: Governo do Estado inicia operação em cinco municípios da Região Metropolitana

by admin

O Governo do Estado do Rio deu início nesta segunda-feira à operação Barricada Zero, uma ação integrada voltada para a remoção diária de barricadas instaladas por organizações criminosas. A operação é coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e envolve a Polícia Militar, a Polícia Civil, diversas secretarias estaduais e as prefeituras dos municípios envolvidos. O trabalho mobiliza equipes de engenharia, inteligência, infraestrutura e segurança pública.
As ações de hoje acontecem simultaneamente em cinco municípios da Região Metropolitana:
Rio de Janeiro (Cidade de Deus, Zona Oeste)
Duque de Caxias (Mangueirinha)
Nova Iguaçu (Grão Pará)
Queimados (São Simão e Dom Bosco)
São Gonçalo (Jardim Catarina)
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“Essa ação integrada traz um recado muito claro para os que insistem em interromper o direito de ir e vir dos moradores: nós não vamos mais tolerar que barricadas sejam instaladas no Rio de Janeiro. E para os que ousarem reinstalar esses obstáculos, a resposta será dada à altura, com operações das unidades especiais das polícias Civil e Militar”, afirmou o governador Cláudio Castro.
A operação emprega retroescavadeiras, rompedores, basculantes, caminhões de concreto, maçaricos, motosserras e equipes técnicas especializadas para a retirada dos bloqueios.
A ofensiva começa uma semana após o governador Cláudio Castro reunir, no Palácio Guanabara, prefeitos e representantes de 12 municípios para apresentar a versão ampliada do plano. Durante o encontro, o governo detalhou a estratégia de retirada contínua das 13.604 barricadas mapeadas pelo estado — número identificado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) por meio de denúncias, imagens de drone e registros policiais, e que “pode ser maior”, segundo Castro.
Integração com prefeitos
Na reunião com gestores municipais, participaram os prefeitos Eduardo Paes (Rio), Capitão Nelson (São Gonçalo), Marcelo Delaroli (Itaboraí), Dudu Reina (Nova Iguaçu), Marotto (Mesquita), Glauco Kaiser (Queimados), Léo Vieira (São João de Meriti), Fernanda Ontiveros (Japeri) e Márcio Canella (Belford Roxo). Representantes de Nilópolis, Duque de Caxias e Maricá estiveram presentes, apesar da ausência dos prefeitos — movimento notado nos bastidores, mas não politizado pelo governador.
Castro ressaltou que o plano segue o modelo implantado em Belford Roxo, elogiando o prefeito Canella como “precursor” da estratégia.
— Independente de partido ou indicação política, fiquei entusiasmado com a colaboração dos prefeitos. Precisamos do empenho de todos — afirmou.
Como a operação vai funcionar
O Barricada Zero será executado com um modelo de divisão de responsabilidades. O Estado atuará com maquinário pesado, policiais militares e civis e coordenação técnica. As prefeituras serão responsáveis pelo apoio logístico:
retirada de entulho
aterramento de valas
requalificação urbana (iluminação, poda e limpeza)
definição dos locais de descarte
Cada município deverá indicar dois servidores: um da área de ordenamento e outro de serviços urbanos. Em Caxias, por exemplo, o descarte será feito em um centro municipal que poderá atender outras cidades.
O governo disponibilizará retroescavadeiras, tratores, rompedores, basculantes, caminhões de concreto, maçaricos, motosserras e 50 kits de demolição e corte. Segundo Castro, a intervenção será diária até o fim do mandato, e qualquer tentativa de reconstrução será respondida “no dia seguinte”.
— Voltando a barricada, vai ter nova operação. O criminoso vai ter certeza de que, se colocar novamente, o Estado volta com uma ação ainda maior — afirmou o governador.
Castro reforçou que a resposta policial será rápida e dura:
— Todo local aonde voltar barricada terá uma operação do Bope e da Core poucos dias depois. Com as prefeituras nos ajudando, saberemos a hora em que começarem a reconstruir. E aí o Estado volta, não mais para retirar a barricada, mas com operação para limpar a criminalidade.
Tipos de barricadas encontradas
Entre os obstáculos identificados estão:
valas abertas por criminosos
entulhos e restos de obra
estruturas improvisadas
concreto com ferros chumbados
carros abandonados
Alguns casos mais graves foram registrados em São Gonçalo e São João de Meriti, onde valas impedem a passagem de viaturas e ambulâncias. Na capital, há registros de barricadas chegando às margens da Avenida Brasil, como em Vigário Geral.
A escalada levou à formulação do plano — que surge após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, há três semanas, que terminou com 121 mortos, a mais letal da história do Rio.
A população poderá acionar o Disque Denúncia por canais exclusivos para relatar ruas fechadas:
telefones: (21) 2253-1177 e 0300-253-1177
WhatsApp: (21) 2253-1177
aplicativo Disque Denúncia RJ

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