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BNDESPar pede assembleia extraordinária para trocar conselho da Tupy | Empresas

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A BNDESPAR, dona de 30,68% da Tupy, pediu convocação de assembleia geral extraordinária para eleição de todo o conselho de administração. No início da semana, o braço de participações do BNDES indicou o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, ao conselho de administração, após o pedido de renúncia de Marcio Spata.

Como o atual conselho foi composto pelo regime de voto múltiplo — em que o acionista concentra os votos em um único candidato — a próxima assembleia geral de acionistas procederá à eleição de todo o colegiado.

A BNDESPar já havia indicado Tiago Cesar dos Santos, secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social (Secom), para ocupar uma cadeira no conselho fiscal, com a renúncia do conselheiro fiscal Marcos Alberto Motta de seu cargo na fabricante de autopeças.

A Tupy recebeu carta de renúncia de Rafael Marchesini ao cargo de conselheiro fiscal suplente, por motivos pessoais e com efeito imediato. Marchesini é funcionário do BNDES e titular do conselho fiscal da Copasa.

Em paralelo, o acionista Charles River solicitou convocação de AGE, para deliberar sobre a reforma do estatuto social da Tupy a fim de incluir requisitos de elegibilidade de membros do conselho de administração e da diretoria. Para o fundo, os requisitos e diretrizes atuais “não têm sido efetivos em impedir determinadas indicações de membros da administração que não são no melhor interesse da companhia” e não estão mitigando “o risco de que interesses externos ou particulares de determinados acionistas possam prevalecer sobre o interesse da companhia”.

Em carta enviada ao setor financeiro da empresa, o Charles River expressou suas preocupações às movimentações realizadas na gestão da Tupy, principalmente em relação a indicações do acionista controlador, BNDESPar. Segundo o fundo, o braço financeiro do banco de fomento “vem repetidamente causando movimentações excessivas na administração da companhia, provocando, inclusive, a renúncia ou transição de forma concomitante à indicação de candidatos com experiências, trajetórias e que acumulam atividades profissionais que, na avaliação do fundo [Charles River] não são adequadas para membros da administração da companhia”.

Na reunião do conselho, em 19 de dezembro, em que Spata renunciou, o conselheiro eleito pelos minoritários Mauro Cunha se manifestou contra. Cunha é ex-presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) e foi indicado para ser conselheiro da Tupy pelo Charles River.

Apesar de Spata, disse Cunha, como funcionário do BNDES, ter que buscar obedecer às orientações de seu empregador, esta busca não poderia em nenhuma hipótese se sobrepor aos seus deveres fiduciários enquanto conselheiro e administrador da Tupy. “Sua renúncia determinada unicamente por motivação política é incompatível com a observância dos seus deveres fiduciários”, declarou em ata.

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