A Força Aérea dos Estados Unidos adiou em mais um ano a data estimada de entrega do primeiro de dois novos aviões do Air Force One, a aeronave presidencial americana, agora para meados de 2028.
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A nova data dá à Boeing ainda menos margem de manobra para atender à exigência do presidente Donald Trump de receber a aeronave até o fim de seu mandato.
A Força Aérea informou a nova previsão em um comunicado, no qual afirmou que o cronograma “é resultado de discussões contínuas entre a Boeing e a Força Aérea”.
Anteriormente, a Boeing havia proposto entregar o avião em 2027, três anos depois da data originalmente contratada, de dezembro de 2024.
O cronograma atualizado dificilmente agradará Trump, que em seu primeiro mandato determinou que o Pentágono pagasse US$ 3,9 bilhões (ou R$ 21,1 bilhões) por dois Boeing 747-8 para servir como a próxima geração do Air Force One.
No entanto, a Força Aérea e a Boeing vêm enfrentando uma série de obstáculos técnicos, incluindo falhas no cockpit e nas janelas da cabine, rachaduras na estrutura da fuselagem e níveis excessivos de ruído.
— Eles nunca conseguem terminar essa porcaria — reclamou Trump em fevereiro.
Procurada pela reportagem, a Casa Branca não comentou imediatamente o atraso.
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Darlene Costello, chefe interina de aquisições da Força Aérea, disse em maio, durante uma audiência de um subcomitê da Câmara dos Representantes, que a Boeing estava propondo o prazo de 2027, mas acrescentou: “Eu não garantiria necessariamente essa data”.
Além disso, a Boeing recebeu uma modificação de US$ 15 milhões (ou R$ 81,1 bi) em seu contrato de US$ 4,3 bilhões (algo próximo de R$ 23,3 bilhões), de preço fixo, para o Air Force One, destinada à atualização do sistema de comunicações.
Segundo a Força Aérea, a nova capacidade permitirá que o avião presidencial “acompanhe as exigências da missão, que evoluíram desde que o programa foi originalmente estabelecido”.
