A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico de emergência. Segundo os advogados, após exames realizados no último domingo (14) na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, foi identificado que ele possui duas hérnias inguinais, sendo recomendada uma cirurgia para tratamento.
A solicitação formal ao STF detalha que a cirurgia indicada é uma herniorrafia inguinal bilateral, que requer internação hospitalar e anestesia geral. De acordo com o documento, o tempo estimado para a recuperação do ex-presidente, caso a autorização seja concedida, é de cinco a sete dias. A defesa destaca que o procedimento não pode ser realizado no ambiente prisional devido às condições de saúde de Bolsonaro.
“O médico responsável pelo acompanhamento, Dr. Claudio Birolini, elaborou novo relatório médico, no qual, de forma expressa e fundamentada, reitera a necessidade de realização do procedimento cirúrgico de herniorrafia inguinal bilateral, em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, com tempo estimado de permanência entre cinco e sete dias”, afirmou a defesa de Bolsonaro em sua petição.
Bolsonaro, que se encontra preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF, em Brasília, começou a cumprir prisão preventiva após os eventos envolvendo a vigília e a tornozeleira eletrônica. Em 25 de novembro, após o trânsito em julgado do processo relativo à trama golpista, o ex-presidente passou a cumprir pena em regime fechado.
A recomendação para a cirurgia foi baseada nos resultados de uma ultrassonografia realizada no último fim de semana, que identificou as hérnias inguinais.

A defesa de Bolsonaro, por meio de redes sociais, afirmou que “os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de tratamento definitivo para o quadro”, informou o advogado João Henrique de Freitas.
O pedido de autorização para o exame de ultrassonografia foi feito inicialmente na quinta-feira (11), quando a defesa solicitou a entrada de um médico com equipamento portátil de ultrassom nas dependências da Superintendência da PF. O objetivo era confirmar o diagnóstico das hérnias inguinais e avaliar a necessidade da intervenção cirúrgica.
No sábado (13), o ministro Alexandre de Moraes autorizou a entrada do médico, com o aparelho de ultrassom, para realizar os exames na cela onde Bolsonaro está preso. A decisão foi uma resposta a um pedido anterior da defesa, que havia ressaltado a urgência no procedimento para garantir o tratamento adequado ao ex-presidente.
A hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou tecido abdominal se desloca por uma abertura na região da virilha, provocando inchaço e desconforto, especialmente durante esforços físicos.
Na sequência dos exames, a defesa apresentou um novo pedido ao STF solicitando a autorização para a realização da cirurgia no Hospital DFStar, em Brasília, alegando a necessidade de acompanhamento hospitalar adequado para garantir a recuperação de Bolsonaro. O tempo de internação estimado seria de cinco a sete dias, conforme recomendado pelos médicos.
