O Brasil de Fato RS finaliza o ano celebrando importantes reconhecimentos. Além de conquistar as categorias Fotojornalismo e Reportagem em Texto no 67º Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo 2025, o veículo também obteve destaque no 27º Prêmio Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) de Jornalismo 2025, reforçando a relevância de sua atuação no cenário da comunicação comprometida com direitos humanos.
Na manhã desta sexta-feira (12), a cerimônia da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) ocorreu na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre, enquanto o anúncio dos vencedores do Prêmio MPRS aconteceu na sede institucional do Ministério Público, também na Capital.
Com a reportagem fotográfica “Cozinha Solidária exige passagem”, o fotógrafo Jorge Leão conquistou menção honrosa na categoria Fotojornalismo. Já na Categoria Profissional – Reportagem em Texto, a repórter Fabiana Reinholz foi reconhecida por duas produções: “Crianças órfãs de feminicídio: traumas, perdas e a luta por direitos”, que conquistou o 1º lugar, e “Violência contra crianças e adolescentes cresce no RS e atinge níveis alarmantes”, que levou o 3º lugar.
Um reconhecimento ao jornalismo que olha para a vida real
Para Leão, as pautas premiadas evidenciam realidades urgentes e pouco visibilizadas, reafirmando o compromisso do Brasil de Fato RS com um jornalismo voltado à defesa dos direitos humanos. Ele celebrou o reconhecimento: “Muito feliz em fazer parte de mais uma edição histórica do Prêmio ARI de Jornalismo”.

Já para Reinholz, a premiação representa o reconhecimento de um trabalho que busca iluminar desigualdades, denunciar violações e valorizar iniciativas populares. “Em um contexto em que vemos o aumento da violência contra as mulheres, assim como contra crianças e adolescentes, ser contemplada com o primeiro e terceiro lugar na ARI é mais do que um reconhecimento profissional, é um reconhecimento também da luta da comunicação popular, e a luta pelo direito humano à vida. É acreditar que de alguma forma essas vidas perdidas e violadas tenham voz, que elas não sejam esquecidas. É pela vida das mulheres e crianças, é por um trabalho coletivo porque, no jornalismo, nada se faz sozinho”, destacou.
A jornalista também conquistou o 1º lugar no 27º Prêmio Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) de Jornalismo 2025, na categoria Criminal, Acolhimento a Vítimas e Defesa da Moralidade Administrativa, com a reportagem sobre o julgamento do assassinato da indígena Kaingang Daiane Griá Sales, reconhecido como o primeiro etnofeminicídio do país.

“Dedico esse prêmio à Daiane, que teve sua vida interrrompida. Ele representa a justiça sendo feita. O grito da Daiane retumbou em todo povo indígena, em todas as mulheres e crianças vítimas e sobreviventes de violência de gênero. Esse prêmio é um reconhecimento à mídia independente, alternativa. É um prêmio de toda equipe do Brasil de Fato”, complementa Reinholz.
