O Brasil encerrou novembro de 2025 com um superávit de US$ 5,84 bilhões na balança comercial, resultado impulsionado principalmente pelo avanço das exportações de soja e carne bovina. Apesar do saldo positivo, o desempenho foi 13,4% menor do que o registrado no mesmo mês de 2024.
Um ponto de atenção ficou por conta das vendas para os Estados Unidos, que recuaram 28% na comparação anual, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.
As exportações brasileiras totalizaram US$ 28,5 bilhões, crescimento de 2,4% na comparação com novembro do ano passado. A grande protagonista do mês foi a soja, com alta superior a 60% e liderança folgada entre os produtos mais vendidos.
A China teve papel decisivo nesse resultado, ampliando em 41% as compras de produtos brasileiros — especialmente soja, petróleo e proteína animal. O setor industrial também contribuiu, com destaque para aeronaves, componentes e produtos siderúrgicos.
Principais produtos exportados em novembro:
- Soja
- Carne bovina
- Petróleo bruto
- Aeronaves e peças
- Produtos siderúrgicos
- Importações sobem 7,4%
As importações somaram US$ 22,6 bilhões, um aumento de 7,4% em relação a novembro de 2024. O Brasil ampliou principalmente as compras de combustíveis, máquinas, equipamentos eletrônicos e medicamentos, itens de maior valor agregado que pesam mais na balança comercial.
Produtos mais importados no mês:
- Combustíveis e derivados
- Máquinas e motores industriais
- Computadores e eletrônicos
- Medicamentos e insumos hospitalares
Relação com os EUA vai na contramão
O comércio com os Estados Unidos mostrou um movimento oposto ao restante do mundo. As exportações brasileiras para o mercado americano caíram US$ 1 bilhão, reflexo da menor demanda por:
- Petróleo bruto
- Café
- Suco de laranja
- Açúcar
- Madeira
No acumulado do ano, a queda das vendas para os EUA chega a 6,7%.
Enquanto isso, as importações vindas do país cresceram 24,5%, impulsionadas por combustíveis, máquinas industriais, computadores e medicamentos.
Superávit acumulado chega a US$ 57,8 bilhões
Mesmo com o enfraquecimento da relação comercial com os EUA, o forte avanço das exportações para a China e o bom desempenho do agronegócio permitiram ao Brasil manter resultados positivos. Com isso, o país fechou novembro com superávit de US$ 5,8 bilhões, e o saldo acumulado no ano atingiu US$ 57,8 bilhões.
