A brasileira Luana Lopes Lara, de 29 anos, acaba de se tornar a mulher mais jovem do mundo a construir a própria fortuna, após sua plataforma de mercado de previsões, a Kalshi, atingir uma avaliação de US$ 11 bilhões (R$ 58,63 bilhões). Cofundadora da empresa, ela possui patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão (R$ 6,93 bilhões) depois de uma rodada que levantou US$ 1 bilhão (R$ 5,33 bilhões), liderada pela Paradigm e com participação de gigantes como Sequoia Capital, Andreessen Horowitz e Y Combinator.
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Segundo a revista Forbes, a conquista é o capítulo mais recente de uma trajetória marcada por disciplina desde os anos de formação. Antes do MIT, Luana estudou balé na Escola de Teatro Bolshoi, onde conviveu com um ambiente de extrema competitividade: treinamentos com cigarros acesos para testar resistência, cacos de vidro escondidos em sapatilhas e jornadas que começavam às 7h e terminavam às 21h. Paralelamente ao balé, ela estudava até tarde para olimpíadas acadêmicas, conquistando medalhas em astronomia e matemática.
Após nove meses como bailarina profissional na Áustria, decidiu mudar de rumo e ingressou no MIT, onde se formou em ciência da computação. Estagiou nas gestoras Bridgewater Associates, de Ray Dalio, e Citadel, de Ken Griffin, e conheceu o futuro sócio Tarek Mansour, também de 29 anos.
A ideia da Kalshi surgiu durante uma caminhada noturna em Nova York, quando ambos imaginaram um mercado que permitisse negociar probabilidades de eventos futuros, como eleições e resultados esportivos. A dupla entrou para a Y Combinator em 2019, e a empresa cresceu rapidamente: valia US$ 2 bilhões em junho, US$ 5 bilhões em outubro e superou US$ 11 bilhões em dezembro, multiplicando o volume de negociações.
Enquanto Luana se tornou um dos rostos da nova geração global de bilionários, o Brasil também chama atenção no ranking da Forbes com duas irmãs que figuram entre os mais jovens do mundo. Livia Voigt, de 20 anos, é hoje a bilionária mais jovem do planeta, com fortuna de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) graças à participação de 3,1% na WEG, multinacional catarinense fundada por seu avô, Werner Ricardo Voigt. Estudante de psicologia, Livia não ocupa cargo na companhia, mas herdou a fatia após a morte do avô em 2016.
Sua irmã, Dora Voigt de Assis, de 27 anos, também aparece entre as bilionárias mais jovens. Formada em arquitetura, Dora possui o mesmo patrimônio e a mesma participação na WEG, embora mantenha vida discreta nas redes sociais e não atue na gestão da empresa.
