Citado em uma investigação de grande porte envolvendo operações financeiras suspeitas que somam quase R$ 13 bilhões, o Banco de Brasília (BRB) passou a responder, de forma exclusiva, pela gestão das transações e depósitos judiciais do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
A mudança ocorreu em setembro de 2025, quando o BRB assumiu oficialmente o posto de banco do Judiciário maranhense, substituindo o Banco do Brasil. A medida foi formalizada por meio do Contrato nº 85/2025, que concede ao BRB exclusividade na administração de:
- Depósitos judiciais e administrativos
- Fianças judiciais
- Precatórios
- Requisições de Pequeno Valor (RPV)
As informações foram divulgadas pelo site Direito e Ordem.
Investigação apura fraude bilionária no sistema financeiro
Paralelamente à nova atribuição institucional, o BRB aparece citado em uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF). A apuração envolve a venda de carteiras de crédito supostamente inexistentes do Banco Master para o BRB, em um montante estimado em R$ 13 bilhões.
Segundo as autoridades, o esquema teria causado forte impacto no sistema financeiro, resultando na prisão de diretores do Banco Master e no afastamento da cúpula administrativa do BRB, enquanto as investigações seguem em andamento.
Impactos e atenção institucional
A coincidência entre a assunção de funções estratégicas no Judiciário do Maranhão e a citação do BRB em uma investigação de grande porte levanta questionamentos sobre governança, controle interno e segurança institucional. Especialistas acompanham o caso com atenção, especialmente devido à relevância dos valores envolvidos e à sensibilidade da gestão de recursos judiciais.
O TJMA, até o momento, mantém o contrato vigente, enquanto o caso segue sob análise das autoridades competentes.
