Cine Excelsior –
Os vereadores de Salvador estão preparando as malas para deixar de vez o Paço Municipal após o incêndio que degradou parte da estrutura do prédio histórico. O local escolhido para abrigá-los será oCine Excelsior, que também está sob risco de desabamento, como notificado pelo Ministério Público Federal (MPF).
A situação, contudo, foi refutada pelo presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB). Na manhã desta terça-feira, 16, o tucano afirmou que o local passou pela avaliação da Fundação Mário Leal Ferreira, sob a batuta da presidente Tânia Scofield, que descartou os riscos.
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“Conversamos com Tânia Scofield [presidente da Fundação Mário Leal Ferreira], que passou que não há riscos de desabamento do Cine Excelsior. Mas, tudo aquilo que foi passado pelo Ministério Público Federal (MPF) foi tomado todas as providências para que não aconteça o problema”, disse Muniz à imprensa.
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Apesar da definição do local, ainda não há uma data definida para que a mudança ocorra. Isso porque os vereadores aguardam a posição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para bater o martelo sobre o assunto.
“Nós estamos esperando só o Iphan aprovar o projeto para que nós possamos fazer a licitação e o mais rápido possível fazer as obras tanto do Paço Municipal como do Cine Excelsior”, contou Muniz.
Presidente da Câmara de Salvador, Carlos Muniz (PSDB)
Câmara devolve mais R$50 milhões à Prefeitura
Os recursos que serão aplicados nas intervenções advêm do montante histórico que será devolvido ao Executivo. Neste ano, a Câmara devolverá R$ 50 milhões à prefeitura que foram economizados ao longo de 2025.
“A gente está fazendo caminho diferente de outras Casas Legislativas. As Casas pedem aporte para suplementar sua receita e nós, ao contrário, vamos devolver mais de R$ 50 milhões, para serem usados [também] na Educação e na Saúde”, afirmou o legislador.
Para onde vai o administrativo da Câmara de Salvador?
As mudanças no Paço também atingem o administrativo da Casa Legislativa. Ao Portal A TARDE, o presidente confirmou a ida do setor administrativo para a sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), localizada no bairro do Comércio.
“Parte da administração da Câmara terá que ter um novo espaço porque os dois espaços estarão em reforma. Nós iremos levar à Câmara provisoriamente”, concluiu Muniz.
Balanço
No encontro com a imprensa, Carlos Muniz (PSDB) avaliou positivamente o trabalho do Legislativo Municipal.
“Nosso balanço aponta para o avanço da atuação legislativa em 2025, com a aprovação de importantes projetos de lei, e o aumento da participação popular através de projetos como o Câmara Itinerante. Nós, vereadores, vamos até os bairros e sempre há uma grande participação da população local e de lideranças que têm o espaço aberto para expor as demandas das comunidades. Além disso, temos a Ouvidoria, como importante canal de comunicação da Casa”, frisou.
A Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador recebeu, até a segunda-feira, 15, 817 pedidos de auxílio, realizados por entidades e pela população. Do total, 529 foram encerrados, o que corresponde a 64,74%. Outros 288 continuam em aberto, sob análise e encaminhamento.
