A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) protocolou, no domingo (14), um pedido formal para que seja marcada com urgência a audiência de conciliação que discute a intervenção judicial na Federação Maranhense de Futebol (FMF). O documento foi apresentado à Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís e destaca que a demora na definição do caso pode resultar no não reconhecimento do Campeonato Maranhense de 2026.
O processo está sob condução do juiz Douglas de Melo Martins, em cumprimento a uma determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a CBF, a ausência de um cronograma definido cria um cenário de insegurança jurídica que afeta diretamente clubes, atletas e toda a estrutura do futebol maranhense.
🚨 Impactos para clubes e competições nacionais
De acordo com a confederação, caso o Campeonato Maranhense não seja reconhecido oficialmente, os clubes do estado podem ser excluídos de competições importantes do calendário nacional, como a Copa do Nordeste, Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro.
Essa situação comprometeria receitas financeiras, contratos de patrocínio, direitos de transmissão e o planejamento esportivo das equipes para a temporada, gerando um efeito em cadeia com prejuízos significativos para o futebol local.
📋 Falta de atos administrativos essenciais
No pedido apresentado à Justiça, a CBF afirma que a atual administração provisória da FMF, comandada por Susan Lucena, ainda não adotou medidas consideradas indispensáveis para a organização das competições estaduais. Entre elas estão:
- A realização do Conselho Técnico;
- A publicação dos regulamentos e tabelas das competições;
- O cumprimento do prazo mínimo de 60 dias de antecedência, exigido pelas normas esportivas.
🌍 Risco de sanções da FIFA e da Conmebol
Outro ponto destacado pela CBF é o risco de questionamentos internacionais. Tanto a FIFA quanto a Conmebol exigem autonomia das entidades esportivas, vedando intervenções judiciais prolongadas. O descumprimento dessas regras pode resultar em sanções administrativas, afetando a regularidade das competições e até a contratação de jogadores.
Diante desse cenário, a entidade reforça a necessidade de uma audiência de conciliação imediata, a fim de garantir segurança jurídica, preservar o calendário esportivo e evitar danos irreversíveis ao futebol maranhense.
