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Chips verdes e alta tecnologia: o projeto da USP que desafia o modelo global de semicondutores

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A Universidade de São Paulo (USP) apresentou nesta terça-feira (16) um projeto voltado ao desenvolvimento da manufatura avançada de semicondutores no Brasil. Batizada de PocketFab, a iniciativa é descrita pela instituição como a primeira fábrica portátil, modular e sustentável de semicondutores do mundo. O lançamento ocorreu no InovaUSP e foi conduzido pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior. A informação é da coluna de Monica Bergamo, na Folha.

O projeto é resultado de uma parceria entre a USP, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

A proposta central é reunir, em módulos compactos e reconfiguráveis, etapas do processo produtivo de semicondutores que tradicionalmente exigem fábricas de grande porte, alto investimento e infraestrutura complexa.

Segundo a universidade, a PocketFab opera como uma linha piloto capaz de ser instalada em diferentes ambientes, como faculdades, parques tecnológicos, distritos industriais e locais afastados de grandes centros.

A estrutura permite executar processos como litografia, metalização, empacotamento, testes e metrologia, normalmente concentrados em plantas industriais de alto custo.

A plataforma foi concebida para viabilizar o desenvolvimento e a produção de chiplets, sistemas integrados voltados à inteligência artificial, dispositivos de internet das coisas, sensores ambientais e protótipos para setores como saúde, indústria automotiva, aeroespacial, robótica e agronegócio.

A USP afirma que a iniciativa busca aproximar pesquisa acadêmica, startups e indústria, ampliando o acesso à microeletrônica avançada.

O Senai será responsável pela operação da fábrica e pela articulação com o setor produtivo. De acordo com os idealizadores, a PocketFab pode servir como modelo para países emergentes interessados em reduzir a dependência externa em semicondutores, área considerada estratégica para cadeias industriais e tecnológicas.

“Ao trazer para o ambiente acadêmico uma manufatura de semicondutores de alta precisão, a USP reafirma seu compromisso de transformar conhecimento em inovação com benefícios concretos para a sociedade”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior durante a apresentação.

Para o diretor do InovaUSP, Marcelo Zuffo, a iniciativa marca uma mudança relevante no setor. “O projeto representa um ponto de inflexão ao propor uma produção descentralizada, modular e sustentável em um dos setores mais estratégicos do século”,

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