Diante da avaliação de que a estratégia do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter os juros parados no nível atual é adequada, a barra para um corte nos juros em janeiro foi “significativamente elevada”, o que leva o Citi a esperar, agora, que a autoridade monetária comece a reduzir a Selic somente na reunião de março, com um corte de 0,25 ponto percentual. Antes, o banco americano esperava que a o processo de flexibilização tivesse início já em janeiro.
“Seguimos projetando que o Copom reduza a taxa Selic para 12% no fim de 2026. Como nossa projeção atualizada de política monetária incorpora uma melhora adicional no cenário de inflação, os riscos de o Copom postergar ainda mais o primeiro corte de juros para o segundo trimestre de 2026 são maiores do que os de iniciar o ciclo mais cedo”, afirmam os economistas Leonardo Porto, Paulo Lopes e Thais Ortega, do Citi, em nota enviada a clientes.
O banco ainda se diz “confortável” com seu cenário de inflação, que contém projeções abaixo das expectativas de consenso do mercado. Para o fim de 2026, a expectativa do Citi é de que o IPCA fique em 3,8%, enquanto a mediana das estimativas dos economistas de mercado aponta para uma inflação de 4,1% no Focus.
