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COM MEDO DE SER CASSADO, PREFEITO BRAIDE LIBERA R$ 300 MIL PARA PAULO VICTOR E R$ 300 MIL PARA ALDIR JÚNIOR — ESSE É O PREÇO DELES?

by admin

O clima na Prefeitura de São Luís chegou ao ápice da tensão. Às vésperas da votação que pode decidir o futuro do prefeito Eduardo Braide, marcada para a próxima terça-feira (9), o gestor iniciou uma corrida frenética nos bastidores, liberando emendas parlamentares e fazendo acenos inéditos a vereadores que até pouco tempo tratava como adversários diretos.

No centro da crise está a representação protocolada na Câmara Municipal que pede a cassação de Braide por suposta infração político-administrativa, crime de responsabilidade e descumprimento de leis municipais especialmente a Lei nº 7.729/2025, que reajustou o salário do próprio prefeito e definiu o teto remuneratório do funcionalismo.

Segundo a denúncia apresentada pelo servidor aposentado Carlos Alberto Machado, o prefeito estaria descumprindo a lei que ele mesmo sancionou, ao não aplicar o reajuste ao teto remuneratório municipal e, ainda assim, promover cortes considerados ilegais nos salários de servidores, aposentados e pensionistas desde novembro de 2024.

A representação aponta ainda suposta seletividade no cumprimento das normas, prejuízos ao erário e possíveis irregularidades no uso de recursos públicos fatos que já teriam motivado apurações no Tribunal de Contas do Estado. O denunciante pede a cassação do mandato e o envio integral do processo ao Ministério Público Estadual e ao próprio TCE.


BRAIDE DE JOELHOS À CÂMARA

Com a abertura iminente do processo, Braide passou a atuar intensamente para evitar a queda. Em um movimento que escancarou o desespero da gestão, o prefeito liberou R$ 300 mil em emendas parlamentares do vereador e presidente da Câmara, Paulo Victor até então um dos seus maiores opositores.

O recurso será destinado ao Clube de Mães Orgulho do Saber, via Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (Semdel), com pagamento previsto para segunda-feira (8), feriado municipal. A liberação ocorre exatamente na véspera da sessão decisiva.

E não para por aí. Horas depois de receber elogios públicos do vereador Aldir Júnior, que comentou uma publicação de Braide no Instagram dizendo que “a história não abre portas para covardes”, o prefeito retribuiu, literalmente, com dinheiro público.

De acordo com registros oficiais, Braide pagou R$ 300 mil da emenda parlamentar de Aldir, por meio da Nota de Empenho nº 2983/2025 da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (Semsa), para o projeto “Prato Cheio”, executado pelo Instituto Viva Bem Mais.

Nos corredores do Palácio Pedro Neiva de Santana, o clima é de estranhamento: parlamentares lembram que as emendas são impositivas e deveriam ser pagas independentemente de acordos políticos. O timing da liberação escancara o peso das negociações que ocorrem longe dos microfones.


O ACORDO DE BRAIDE: GANHA-GANHA (PARA ELE)

Interlocutores do prefeito buscaram o presidente da Casa, Paulo Victor, propondo uma fórmula que favorece exclusivamente o chefe do Executivo:

a Câmara revogaria a lei que reajustou o salário de Braide em troca da liberação de todas as emendas parlamentares.

Assim, Braide deixaria de descumprir a lei do próprio reajuste que hoje o incrimina e, ao mesmo tempo, apareceria como cumpridor da LOA, que determina o pagamento obrigatório das emendas.

Nos bastidores, vereadores definem a manobra como “desespero explícito”.


TERÇA-FEIRA É O DIA D

A sessão da próxima terça-feira (9) promete ser uma das mais tensas da atual legislatura. A base de Braide está fragilizada, e há movimentos claros dentro da Câmara para levar adiante a denúncia.

Enquanto isso, o prefeito segue em ritmo acelerado de liberação de recursos, telefonemas, encontros reservados e promessas políticas.

A pergunta que paira no ar:
Braide conseguirá virar votos a tempo ou a liberação emergencial de emendas será interpretada como mais um agravante no seu processo?

Deu no blog do Passando alimpo

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