NASA/Goddard/SwRI/JHU-APL
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O cometa interestelar 3I/ATLAS fará sua maior aproximação da Terra em 19 de dezembro de 2025, a cerca de 270 milhões de quilômetros, sem risco de colisão. A NASA confirma que o objeto é apenas o terceiro visitante interestelar já detectado e mobiliza tecnologias avançadas para estudá-lo em detalhe.
Descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS, no Chile, o 3I/ATLAS é um corpo celeste com órbita hiperbólica, evidência clara de que veio de fora do Sistema Solar.
Ele já passou pelo periélio — ponto mais próximo do Sol — em 29 de outubro de 2025, a cerca de 210 milhões de km. Agora, em sua trajetória de saída, o cometa oferece uma oportunidade única de observação antes de desaparecer rumo ao espaço interestelar.
A data da maior aproximação à Terra
O cometa 3I/ATLAS atingirá seu ponto mais próximo da Terra em 19 de dezembro de 2025, quando estará a aproximadamente 270 milhões de km do planeta. Apesar da distância, essa será a última chance de observá-lo com clareza. Após essa passagem, o 3I/ATLAS seguirá definitivamente para fora do Sistema Solar.
Estrutura e composição
De acordo com análises da NASA, o núcleo do cometa tem entre 440 metros e 5,6 km de diâmetro, envolto por uma coma alongada em formato de gota. Essa característica foi registrada em imagens de alta resolução pelo Telescópio Espacial Hubble, revelando detalhes inéditos sobre a morfologia de um objeto interestelar.
A composição química, observada pelo James Webb Space Telescope (JWST), indica a presença de gases e poeira semelhantes aos de cometas do Sistema Solar, mas com variações que sugerem origem em ambientes cósmicos distintos.
O 3I/ATLAS é apenas o terceiro objeto interestelar já registrado, depois de ‘Oumuamua (2017) e 2I/Borisov (2019). Sua análise fornece dados inéditos sobre a composição e dinâmica de corpos vindos de fora do Sistema Solar.
Tecnologias da NASA em ação
O acompanhamento do 3I/ATLAS mobilizou uma rede de instrumentos espaciais e terrestres. O JWST analisou a composição química por espectroscopia infravermelha, enquanto o SPHEREx Observatory coletou dados espectrais sobre gases e poeira. As sondas Lucy e Psyche aproveitaram suas missões principais para registrar imagens adicionais.
Missões em Marte também participaram: o Mars Reconnaissance Orbiter e o rover Perseverance observaram o cometa a partir da superfície e da órbita marciana. Já o SOHO e a Parker Solar Probe monitoraram a interação do cometa com o vento solar, fornecendo informações valiosas sobre sua dinâmica.
Para a NASA, trata-se de um laboratório natural, que reforça a importância das tecnologias de observação espacial e da cooperação internacional na ciência. A compreensão de sua estrutura e composição pode ajudar a responder questões fundamentais sobre como sistemas planetários se formam e evoluem em diferentes partes da Via Láctea
