como Juliana Paes e outras celebridades tiveram suas imagens usadas em golpes do amor

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Ju Isen é um desses exemplos. A influenciadora descobriu que suas fotos e vídeos estavam sendo utilizados por um perfil falso em um aplicativo de encontros para manter um relacionamento virtual com um idoso, que acreditou por quase um ano estar conversando com ela. O golpista copiava conteúdos das redes sociais de Ju para dar credibilidade ao personagem. Ao comentar o caso, ela afirmou que essa não foi a primeira vez que teve sua imagem usada sem autorização e destacou a gravidade do problema, que afeta cada vez mais figuras públicas.

No cenário internacional, a lista de celebridades envolvidas em episódios semelhantes também é extensa. Brad Pitt teve seu nome utilizado em um golpe na França, no qual uma mulher perdeu cerca de 850 mil dólares ao acreditar que mantinha um relacionamento virtual com o ator. Os criminosos usavam fotos manipuladas e mensagens persuasivas. Após a repercussão, representantes de Pitt reforçaram que o ator não utiliza redes sociais e alertaram o público sobre perfis falsos.

Keanu Reeves também teve sua imagem usada em um golpe que chamou atenção pela sofisticação. Uma mulher na Califórnia relatou ter perdido aproximadamente 160 mil dólares após ser enganada por alguém que enviava fotos e até vídeos manipulados para se passar pelo ator. Embora Reeves não tenha se pronunciado diretamente sobre esse episódio específico, sua equipe já havia alertado anteriormente que ele raramente estabelece contato direto com fãs pela internet.

Outro caso de grande repercussão envolve a modelo brasileira Alessandra Ambrósio. A imagem da top foi usada durante cerca de 15 anos por golpistas que convenceram o jogador italiano Roberto Cazzaniga de que mantinha um relacionamento com ela. Nesse período, ele enviou aproximadamente 700 mil euros ao grupo criminoso, que inventava justificativas para nunca se encontrar pessoalmente com a vítima. Quando a história foi revelada pela imprensa internacional, ficou claro que a modelo não tinha qualquer relação com a fraude.

Para o psicanalista Eduardo Omeltech, o golpe do amor não é só um crime financeiro, mas também um espelho das vulnerabilidades emocionais de quem cai nesse tipo de armadilha. Ele explica que ninguém entra em um relacionamento falso porque é ingênuo ou “burro”, e sim porque está em busca de vínculo, atenção e afeto. Segundo o especialista, muitas vítimas projetam no outro uma fantasia de amor ideal que preenche solidão, carência e necessidade de validação, enquanto o golpista oferece exatamente o que elas querem ouvir, no momento em que estão mais fragilizadas.