A disputa pelo Senado em 2026 começa a ganhar contornos mais definidos dentro da esquerda, com o PT priorizando essa eleição ao lado da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. A recente decisão de Gilmar Mendes, do STF, que alterou as regras sobre pedidos de impeachment de ministros da Corte, evidenciou a relevância do Senado, considerado essencial para a aprovação de reformas estratégicas do governo. O PT está discutindo alianças com partidos como PSB, MDB, PSD e PDT, mas também avalia lançar candidaturas próprias, dependendo da força de seus nomes nas pesquisas regionais.
Na estratégia bolsonarista, o foco no Senado é uma forma de tentar frear as decisões do STF, uma vez que a Casa tem o poder de aprovar impeachment de ministros. Recentemente, uma liminar de Mendes que restringia quem poderia pedir impeachment foi suspensa após um acordo costurado no Senado. Para 2026, o cenário ainda está em construção, mas as articulações estão em pleno andamento.
No Rio Grande do Sul, a esquerda já tem um acordo com o PSOL para eleger Paulo Pimenta (PT) e Manuela D’Ávila (PSOL) ao Senado, em substituição aos senadores Paulo Paim (PT) e Luís Carlos Heinze (PP), um bolsonarista do agronegócio. As negociações também se intensificam em outros estados, como na Bahia, onde o PT tenta uma candidatura dupla ao Senado com Jaques Wagner e Rui Costa, mas enfrenta resistência do PSD, que ameaça apoiar a oposição.
Em Pernambuco, a prioridade é reeleger Humberto Costa (PT) para o Senado. As discussões estão em andamento, com alianças sendo discutidas com PSB e PSOL, com o objetivo de barrar o avanço da extrema-direita, que, como afirma o deputado Carlos Veras (PT-PE), busca “cassação de ministros do Supremo e liberdade para golpistas”. As eleições para o Senado em 2026 serão cruciais para garantir o espaço da esquerda e reforçar o projeto de um Brasil democrático e popular. Com informações do Globo.
