A Coreia do Norte denunciou, na terça-feira, um acordo entre Seul e Washington para a construção de submarinos nucleares, alegando que ele terá um efeito dominó em questões nucleares.
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O presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, anunciou, na semana passada, a conclusão de um acordo de segurança e comércio com os Estados Unidos, incluindo planos para o desenvolvimento de embarcações de propulsão nuclear.
A Coreia do Sul afirmou ter obtido “apoio para expandir nossa autoridade sobre o enriquecimento de urânio e o reprocessamento de combustível nuclear usado”.
Em suas primeiras declarações sobre o acordo, o Norte reiterou que o programa de submarinos é uma “tentativa perigosa de confronto”.
O acordo é um “desenvolvimento grave que desestabiliza a situação de segurança militar na região da Ásia-Pacífico, além da Península Coreana, e deixa uma situação nuclear incontrolável no cenário global”, segundo um comentário publicado na terça-feira pela agência de notícias oficial KCNA.
A posse de submarinos nucleares pela Coreia do Sul “causará um ‘efeito dominó nuclear’ na região e desencadeará uma intensa corrida armamentista”, acrescentou a agência norte-coreana.
Na segunda-feira, Seul propôs negociações militares com Pyongyang para evitar confrontos na fronteira, a primeira oferta desse tipo em sete anos.
O presidente Lee também ofereceu discussões mais amplas com o Norte, sem pré-condições, mas Pyongyang não respondeu.
