Presidente da Comissão da Câmara Municipal que investigou as empresas de ônibus da capital maranhense, Álvaro Pires comenta a quinta paralisação em menos de cinco anos
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. Álvaro Pires apresentou propostas práticas para mudança no transporte de São Luís, hoje na quinta greve em cinco anos
O relatório da CPI dos Transportes da Câmara Municipal de São Luís é crucial para as mudanças que precisam ser feitas no setor de mobilidade na capital maranhense, hoje enfrentando a quinta greve em menos de cinco anos de gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
Pelo menos é isso que entende o ex-vereador Álvaro Pires (PSB), que presidiu a comissão.
“O nosso objetivo sempre foi ir além da investigação. A CPI nasceu do anseio popular por um transporte digno. Nosso relatório foi construído como uma ferramenta para mudar a realidade, indicando caminhos técnicos e viáveis. As faixas exclusivas são a materialização desse esforço, uma medida que tira os ônibus do congestionamento e devolve o tempo à população que depende do transporte público”, afirmou Pires.
- o relatório apresenta mais de duas dezenas de objetivos que deveriam ter sido aproveitado pela Prefeitura de São Luís;
- a ideia era reposicionar a discussão sobre mobilidade urbana como uma pauta permanente para o desenvolvimento.
A contribuição de Álvaro Pires pode ser medida em resultados tangíveis. Antes mesmo do encerramento formal da CPI, suas recomendações ganharam força junto ao poder executivo municipal.
A principal delas é a implantação das faixas exclusivas em corredores estratégicos: avenidas Guajajaras, Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche e dos Franceses.
Outras também podem ser destacadas:
- a tarifa e a integração modal do sistema;
- a necessidade de um planejamento urbano;
- a qualidade dos ônibus e a formação dos motoristas;
- prioridade a quem se desloca de ônibus, a pé ou de bicicleta.
“Abrimos uma caixa-preta e mostramos que transporte é um direito fundamental. Espero até hoje que as inúmeras propostas e encaminhamentos entregues à Prefeitura de São Luís, sejam implantadas para garantir uma nova política pública de Mobilidade Urbana para a nossa São Luís”, pontuou o ex-relator.
Ainda segundo Álvaro Pires, o descarte do Relatório, a não observância aos objetivos e as contribuições elencadas no Relatório, evidenciaram o desastre e o fracasso na gestão do sistema de transporte público coletivo da capital.
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