Dois dias após a conclusão da temporada de 2025, as equipes mudaram todo o foco para a nova era da Fórmula 1. No Circuito Yas Marina, o tradicional teste pós-temporada teve um duplo objetivo desta vez: experimentar os novos pneus de 2026 e treinarem os novatos. Na tabela de tempos, Jak Crawford, pela Aston Martin, liderou, enquanto Gabriel Bortoleto, com carro modificado, ficou em 18º.
Cada equipe foi para a pista com um ‘carro-mula’ para testar os novos pneus 2026 da Pirelli. Os carros-mula ainda são monopostos de efeito solo, mas foram modificados para imitar os níveis de downforce do 2026, principalmente alterando os níveis das asas (estilo Monza) e a altura do carro. O segundo carro de cada equipe foi alocado para dar a um novato alguma quilometragem no teste para jovens pilotos.
Max Verstappen e George Russell foram “felizmente” autorizados a pular o teste pós-temporada, segundo as palavras do próprio holandês. Em vez disso, a Red Bull colocou Isack Hadjar no carro-mula para que ele tivesse uma sensação inicial dos compostos de 2026, com Ayumu Iwasa atuando como seu novato. Arvid Lindblad, estreante na F1 no próximo ano, teve sua chance na equipe irmã Racing Bulls.
Na McLaren e na Ferrari, todos os pilotos regulares estavam presentes, cada um completando metade do dia de corrida. Andrea Kimi Antonelli cuidou da terça-feira inteira para a Mercedes – a equipe que atraiu mais atenção nos boxes quando as luzes ficaram verdes.
A Mercedes testou com aerodinâmica ativa em sua asa dianteira pela primeira vez, oferecendo uma prévia do que está por vir em 2026. As ‘Flechas de Prata’ trouxeram um protótipo que foi aprovado pela FIA, permitindo que a asa dianteira de Antonelli mudasse para um modo de baixa downforce e baixo arrasto ao longo das retas, exatamente como acontecerá no próximo ano.
Crawford na liderança, Antonelli rápido e produtivo no carro-mula
As diferenças entre os carros-mula e os carros dos novatos – que, além de usarem mais downforce, ainda estavam com pneus 2025 – fizeram com que os jovens pilotos obtivessem os tempos mais rápidos. Luke Browning estabeleceu o ritmo pela manhã com 1min23s920 em sua Williams. Esse tempo-alvo foi mantido até o sol quase se pôr em Abu Dhabi e as temperaturas caírem.
O júnior da Aston Martin, Jak Crawford, aproveitou ao máximo as condições mais frias, registrando 1min23s766 para chegar à liderança. O americano superou Paul Aron, que entrou na Sauber para essa ocasião, e Browning. Frederik Vesti, júnior da Mercedes, e Iwasa completaram os cinco primeiros.
Antonelli seguiu em sexto lugar como o piloto mais rápido do carro-mula e, portanto, com pneus 2026. Com uma melhor volta de 1min25s170, ele foi quase um segundo e meio mais lento que Crawford. Ele, por sua vez, foi quase um segundo mais rápido do que o próximo piloto veterano: Oscar Piastri em P10.
Como Antonelli correu com aerodinâmica ativa, ele não precisou respeitar o limite de velocidade em linha reta de 300 km/h imposto pela Pirelli, já que a pressão sobre os pneus no próximo ano será diferente nas retas. Antonelli também foi o piloto mais produtivo do dia, completando 157 voltas.
Gabriel Bortoleto ficou em 18º, marcando 1min26s767 após completar 78 voltas no dia de sessões de testes.
O teste transcorreu sem problemas significativos, com exceção de um acidente de Ryo Hirakawa. Seu incidente na Curva 1 causou uma bandeira vermelha e danos à asa traseira, embora o piloto japonês tenha conseguido retornar à pista logo depois. Esteban Ocon completou apenas quatro voltas à tarde devido a aparentes problemas técnicos na Haas.
Teste 1
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