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Cultura da Vida: Natal, nosso Salvador e a vida nascente

by admin

Cultura da Vida é um espaço de aprofundamento de temas relacionados à dignidade da vida humana e à missão da família como guardiã da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Marlon e Ana são casados há 8 anos, têm 3 filhos, são atuantes na Pastoral Familiar. Neste 21° encontro, Natal, nosso Salvador e a vida nascente.

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Olá, amigos da Rádio Vaticano! Aqui é Marlon e Ana Derosa.

Neste programa especial no dia do Natal de Nosso Senhor, queremos refletir sobre a vida nascente. Nosso Salvador Jesus Cristo se fez pequeno e frágil. Nossa salvação passou pela fragilidade do estágio fetal no ventre da Virgem Maria e depois naquela manjedoura, como um pequeno e frágil bebê recém nascido.

Jesus necessitou de cuidados básicos, carinho e atenção por toda gestação e sua infância, como todas as crianças necessitam. Mais tarde, na sua vida pública, Jesus nos disse claramente, que todas as vezes que fizermos algo pelo mais pelos mais pequeninos, a ele o fazemos.

Sim, em Mateus 25, 31, Jesus falava aos discípulos sobre a nossa salvação eterna e da recompensa que haverá no seu Reino para aqueles que serão considerados “benditos de meu pai” (Mt 25, 34). Nesse trecho do Evangelho, Jesus diz:

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’

O Papa São João Paulo II, na Encíclica Evangelium vitae, recorre também a este trecho do Evangelho de Mateus para nos exortar à promoção da cultura da vida e da família. Quando Jesus afirma que tudo o que fizermos aos pequeninos é a Ele que fazemos, Ele nos convoca a sair de nós mesmos, a reconhecer o outro e a viver uma caridade concreta, especialmente para com aqueles que sofrem.

Neste Natal do Senhor, devemos meditar no nascimento de Jesus, em especial na sua primeira infância, onde Jesus se mostra tão pequenino e frágil, nascendo em uma manjedoura, em condições tão precárias e humildes.

Entre tantos ensinamentos que podemos recordar para fazer nascer em nossos corações o Menino Jesus, o chamado a cuidar dos mais pequeninos certamente se destaca como uma mensagem essencial quando contemplamos o mistério de Jesus criança.

Hoje, neste mundo repleto de materialismo e egoísmo, tantas crianças nascem sem um lar adequado. Muitas sofrem de falta de condições materiais, como Jesus, nascendo em locais pouco salubres que lhe apresentam até riscos à saúde.

Mas tantas vezes a maior pobreza não é material, mas sim, de valores familiares e evangélicos. Quantas crianças estão nascendo hoje em famílias feridas e despreparadas, com pais e familiares distantes emocionalmente, ou mesmo, já separados e em clima de brigas e ressentimentos.

Nosso chamado por proclamar a cultura da vida e da família é um chamado urgente e sério, porque está cada vez mais frequente encontrarmos lares em profunda precariedade física, humana, espiritual e moral.

Podemos nos colocar a serviço da vida e família de diversas formas. Podemos proclamar essa mensagem por meio da promoção cultural, do conselho, da formação catequética de preparação para casais e famílias, através de trabalhos pastorais, no apoio a casas pró-vida, e de muitas outras maneiras.

Jesus foi muito enfático: o que fizermos aos mais pequeninos, a Ele o fazemos. Mais adiante, em Mateus 25, 46, Jesus diz também que “todas as vezes” que não fizermos estes atos de caridade aos mais pequeninos, foi a Jesus que não fizemos. É uma mensagem forte, que põe em risco a nossa Salvação.

Que tal pensarmos em atos concretos para fazer Jesus nascer em nossos corações? Talvez, entre os bons propósitos e metas que são feitas para este novo ano, você possa passar a se envolver em ações pastorais de apoio à cultura da vida e da família, e assim, experimentar a alegria de servir de forma mais intensa na caridade com aqueles que mais necessitam, onde Cristo se faz presente, na pequenez de uma criança.

Um feliz e abençoado Natal a todos. Este foi o Espaço Cultura da Vida desta semana, com Ana e Marlon Derosa. Até a próxima!

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