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De expulso ao cantar no ônibus a premiado e dono de carrão: quem é J. Eskine, o 'gângster do arrocha'

by admin

A vida nem sempre foi malemolente como um bom ritmo baiano para Jonathan Souza Santana. Antes de se tornar J. Skine, o “gângster do arrocha”, o cantor comeu foi poeira nos muitos ônibus que pegava com seu violão para se apresentar aos passageiros. Nem sempre os shows agradavam, mas ele mantinha a fé de que a música iria mudar a realidade de sua família.
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“O artista de rua no Brasil é marginalizado demais. Já me expulsaram, me destrataram, polícia, motorista, público… Mas também tem aqueles que admiram a nossa coragem e torcem, dão um abraço, uma palavra de incentivo”, conta ele, que foi o vencedor na categoria Arrocha do Ano, ao lado de Alef Donk, no Prêmio Multishow.
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Um feito e tanto para quem passou dez anos correndo atrás do sonho como se fosse atrás do próprio rabo. Criado na periferia de Salvador, J. Eskine morava numa casa de quatro cômodos com mais 9 pessoas:
“Só tinha um quarto e a gente dormia três lá, mais quatro na sala, e assim ia. Mas sempre fomos uma família muito unida, nunca brigamos, acredita?”.
J. Eskine
Eduardo Serra/ div
Não muito. Mas o cantor credita às raízes evangélicas a paz que reinava na pequena casa de família. Foi na igreja, inclusive, que ele descobriu seu dom.
“Meu tio e minha prima cantavam e eu comecei a gostar daquilo, ia aos cultos para assisti-los”, diz ele, que também quis ser jogador de futebol: “Mas a disciplina do atleta e a vida de artista não conseguem seguir juntos e a música sempre falou mais alto”.
J. Eskine
Eduardo Serra/ div
Foi através do TikTok que J. Eskine chegou primeiro ao Brasil e só depois na Bahia. Apesar de viver num celeiro de cantores famosos, faltava acesso a eles. Foi Anitta quem levou o baiano para o carnaval de Salvador após ouvi-lo nas redes sociais. Antes, Virginia Fonseca já fazia dancinhas com seus arrochas e convidava os seguidores a escutar com ela. E fenômeno aconteceu
“Sou muito grato a tudo o que está acontecendo e meu foco é trabalhar bastante. Sou muito pé no chão e estou deixando a vida me levar”, diz ele, do alto de seus 25 anos.
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Hoje, ele mora sozinho e já conseguiu mudar a realidade da família:
“Hoje eles moram num lugar confortável e posso dar ao meu irmão menor, de 9 anos, o que eu nem chegava perto de ter, como uma geladeira cheia e dinheiro para um sanduíche do Mc Donald’s, uma piscininha….”.
J. Eskine
Eduardo Serra/ div
J. Eskine também se mimou. Mas evita ostentar o tal mimo: um Jaguar XE avaliado em R$ 300 mil:
“Quando passo com o carro na favela em que cresci, vejo os meninos olhando como eu olhava pros carros que passavam e sonhava ter um. Mas não posto foto dele nem nada porque não quero aparecer assim”.
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