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Deputado bolsonarista gastou R$ 883,5 mil com aluguel de barcos e carros

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O deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL-PA). Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Deputados federais gastaram, ao longo dos últimos sete anos, pelo menos R$ 279 milhões com aluguel de carros, barcos e aeronaves. Esse valor inclui despesas feitas de 2019 a 2025, com um aumento de cerca de 18% no período, descontada a inflação.

Esses gastos são financiados pela Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, também conhecida como “Cotão”, que destina verba pública para cobrir despesas como manutenção de escritórios nas bases eleitorais, passagens aéreas e locação de veículos.

Embora esses gastos sejam comuns, as investigações sobre o uso da cota, especialmente por deputados bolsonaristas, levantaram suspeitas de irregularidades. Na legislatura atual, o deputado Éder Mauro (PL-PA) foi o que mais gastou com locações, totalizando R$ 883,5 mil, com uma parte (R$ 540 mil) destinada ao aluguel de embarcações.

Essa prática, segundo o bolsonarista, é essencial para sua atuação política, especialmente no Pará, onde muitas cidades só são acessíveis por rios. Mauro defendeu que os valores pagos estão dentro do mercado e que as locações são necessárias devido às condições de transporte na região Norte, mais isolada.

Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, deputados do PL do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

Recentemente, a Polícia Federal investigou dois deputados bolsonaristas, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), por suspeitas de irregularidades no uso da verba da cota parlamentar para locação de veículos.

A PF encontrou indícios de que uma empresa de locação, contratada pelos dois, continuou recebendo pagamentos mesmo após ser dissolvida irregularmente. As investigações indicaram que assessores dos deputados podem ter colaborado para dar uma aparência de legalidade à operação, levantando suspeitas de conluio e uso indevido de recursos públicos.

Sóstenes e Jordy reagiram às acusações e se defenderam das investigações. O primeiro alegou que o dinheiro encontrado em sua residência, cerca de R$ 430 mil, era proveniente da venda de um imóvel e que ele não havia feito o depósito devido à “correria de trabalho”.

Já Jordy, em um vídeo publicado nas redes sociais, classificou a ação policial como “covarde” e reafirmou que a empresa de locação era a mesma com a qual ele e Sóstenes trabalhavam desde o início de seus mandatos, justificando os gastos como legítimos.



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