Além das altas temperaturas, o verão costuma trazer o desejo maior de ficar em dia com a saúde e o bem-estar. Para quem precisa de uma forcinha na hora de buscar resultados do tipo, listamos, a seguir, uma série de procedimentos não invasivos testados pela nossa equipe ao longo dos últimos meses. As opções vão de dietas recomendadas por nutricionistas a aparelhos de última tecnologia, além das famosas canetas emagrecedoras.
Sopas & CoolFase (por Marcia Disitzer)
Em 2024, fui surpreendida por um câncer de mama. Iniciei meu tratamento em setembro: lembro-me do susto que tomei quando meu oncologista, José Bines, me comunicou que seriam 16 sessões de quimioterapia e 15 de radioterapia.
Em março de 2025, a jornada terminou. Além da perda do cabelo, deparei-me com outras questões estéticas. Parti para os testes de verão atenta ao que mais me afligia: a flacidez do rosto, típico de mulheres 50+ como eu, e a questão da alimentação.
Procurei o dermatologista Daniel Coimbra, da Onne Clinic (@onne.clinic), que me indicou associar três técnicas: a aplicação de toxina botulínica em pontos estratégicos do rosto e pescoço, de prophilo no pescoço e a tecnologia CoolFase. Vale ressaltar que, durante o tratamento de câncer, procedimentos injetáveis na pele são proibidos. “O prophilo estimula o colágeno e a hidratação, e o botox trata a musculatura”, explica Daniel. “Já o CoolFase combate a flacidez”. Resultado: fiquei com aquela aparência descansada e, ufa, supernatural.
Faltava ainda a alimentação. Além de emagrecer, diante de tudo, senti necessidade de mudar hábitos. A naturopata Nanda Capobianco (@nandacapobianco) caiu como uma luva. Depois de conversas por telefone e uma consulta presencial, estabelecemos um plano. Começamos com uma semana de sopas detox da Horta Local, no jantar, que fizeram me sentir mais leve. Passei a ingerir um suplemento alimentar, chlorella orgânica, para melhorar o sistema imunológico. Nanda também me sugeriu trocas simples, que envolvem rituais. Por exemplo: de manhã, substituir o café por um suco com beterraba, limão, coentro e maçã. Expandi minha consciência alimentar, mas essa mudança, confesso, ficarei devendo.
Low carb & Tsculptor (por Isabela Caban)
Já vinha emagrecendo após um longo período às voltas com meu metabolismo com a chegada da menopausa. Terapia de reposição hormonal em dia, eliminei uns bons 10 quilos antes de chegar à nutricionista Helena Villela (@helenavillela), em setembro. Consegui seguir as orientações, incluindo proteínas em todas as refeições, priorizando à noite as vegetais, como lentilha e grão-de-bico, para tentar não perder massa magra (leia-se músculos). Nada de canetinhas emagrecedoras, mas um plus: 12 dias do desafio Emagrecida, projeto que Helena tem com a chef Carol Antunes, que consiste em três etapas: dieta low carb, cetogênica e mediterrânea (@projetoemagrecida). Recebi em casa comidinhas prontas para todas as refeições, como lasanha de pupunha e bolinho de frutas vermelhas. “O principal objetivo é mostrar ser possível comer bem, emagrecer, sem ‘neura’ com a balança”, explica Helena. Bingo! Achei muito gostoso e bem servido. Pesamos ao longo de todo processo de três meses e perdi mais de 3kg de gordura — a balança estava estagnada esse ano e comemorei à beça. Faltam só mais quatro agora.
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Para acompanhar, a dermatologista Márcia Linhares (@marcialinharesdermatologia) propôs uma combinação de tratamentos para a parte interna das coxas. Sessões semanais da radiofrequência Exilis (“Trabalha camada mais superficial melhorando flacidez e celulite”, diz Márcia) e estimulação eletromagnética Tsculptor (“Faz um trabalho muscular para hipertrofiar e esticar a pele”). O primeiro esquenta a região, enquanto o segundo enrijece involuntariamente os músculos. São indolores, apesar de certo desconforto na estimulação. Mas, assim como na academia, vai ficando mais tranquilo com o tempo. Fiz ainda uma sessão de ultrassom macrofocado para a destruição de gordura. Minha dificuldade maior foi a agenda para estar lá duas vezes na semana durante três meses, como Márcia indicou. Acabei fazendo uma vez por semana. Deu para notar a região mais lisinha e rígida, visível nas fotos tiradas antes e depois.
Canetinha & Xerf (por Joana Dale)
No dia 15 de agosto, subi na balança de bioimpedância, aquela que mede todas as taxas, e acendeu o alerta: Índice de Massa Corporal (IMC) preocupante. Até então, tentava me enganar, camuflando os números como “sobrepeso”. Mas, após meses chutando o balde, a realidade: havia passado 10 quilos do peso (já alto) que atingi na gravidez da minha filha, em 2017. Diante da minha cara de choro, o nutrólogo Rafael Pinto falou: “Vamos virar esse jogo?”.
Topei. Sabia que precisava de ajuda. Dr. Rafael prescreveu semaglutida, o princípio ativo por trás da famigerada “canetinha emagrecedora”, conjugada a vitaminas e minerais também injetáveis e aplicados uma vez por semana. “Quando uma paciente está tomando semaglutida, começa a comer menos e fica com menos energia no corpo”, explicou o médico, que há oito anos trabalha com injetáveis em seu consultório, o OneLife (@espacoonelife). “Os suplementos dão mais energia, disposição e promovem aceleração do metabolismo, numa otimização celular.” De fato, fiquei com gás de ir para academia (quase) todos os dias. E, depois de três meses e meio de tratamento, eliminei 10 quilos, e contando.
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Em paralelo, entrou em campo a dermatologista Paula Bellotti. “É importante cuidar da pele no processo de emagrecimento, para haver menos chance de flacidez”, ressalta. Para começar, pelo rosto, a médica sugeriu uma sessão de Xerf, tecnologia coreana de última geração que aterrissou há poucos meses em sua clínica (@grupopaulabellotti). “É o xerife das radiofrequências que, com aquecimento intenso, atua nas três camadas dérmicas. O resultado imediato é efeito lifting. Com o tempo, estimula colágeno, repondo a elasticidade perdida”, explica Paula. É indolor e não deixa marcas nem vermelhidão.
A verdade é que virar o jogo acompanhada por experts como Rafael e Paula é um privilégio, não bem um desafio. Agora é ir para o segundo tempo, em busca de um IMC pelo menos aceitável.
Receitas & Fotona (por Eduardo Vanini)
Cerca de dois anos atrás, virei o ano com sede de mudanças. Estava na reta final dos 37 anos, e minha atividade física se restringia ao levantamento de copos (cheios de álcool, obviamente), enquanto a geladeira e a despensa estavam abarrotadas de ultraprocessados (saca aqueles salgadinhos cheios de corantes?). Do alto nos meus 1,87m e 100kg, olhava para a proximidade dos 40 com preocupação. Matriculei-me, então, numa academia, comecei a correr pelo bairro, cortei o máximo possível de industrializados (menos a cerveja) e incorporei verduras e frutas à dieta diária.
Perdi 20kg em quatro meses, mas faltava uma orientação profissional para organizar o cardápio. A nutricionista Fabi Sabatini (@fabi.sabatini) trouxe as indicações que faltavam. Entendi como poderia, por exemplo, melhorar os lanches da tarde e as refeições noturnas, com receitinhas espertas enviadas por ela. Palitinhos de legumes com homus, muçarela de búfala com tomate-cereja… Sim, nem dá tanto trabalho ser feliz na alimentação saudável.
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Com o emagrecimento, porém, veio a flacidez na região da barriga, e foi aí que entrou em cena a dermatologista Karla Assed (@karlaassed). O tratamento indicado por ela combinou, ao longo de quase três meses, 16 sessões com diferentes aparelhos da marca Fotona, munidos de recursos como laser, ultrassom e radiofrequência. Um combo capaz de estimular tanto a musculatura quanto o colágeno, além de fazer o estiramento da pele. “Conseguimos atingir camadas não ativadas por meio de musculação e exercícios físicos”, explica a médica. Somados aos abdominais que faço na academia e depois das corridas, os procedimentos fizeram, em poucas semanas, com que as linhas do abdômen começassem a aparecer, sobretudo na parte superior. Ainda não é um tanquinho, mas deixou de ser pochete.
