Home » Diretor da Quaest classifica brasileiros a partir de suas bolhas em livro com pesquisa inédita

Diretor da Quaest classifica brasileiros a partir de suas bolhas em livro com pesquisa inédita

by admin
Diretor da Quaest classifica brasileiros a partir de suas bolhas em livro com pesquisa inédita

 

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, apresenta uma nova forma de classificar os brasileiros, a partir de suas bolhas e identidades (conservador/cristão, liberal-social, etc.), no livro “Brasil no Espelho: um guia para entender o Brasil e os brasileiros” (GloboLivros), que será lançado no fim do mês. Trata-se de uma divisão alternativa a modelos tradicionais, que discriminam os cidadãos por dados sociodemográficos.

O autor também propõe um outro arranjo da população em relação às faixas etárias. Em vez da chamada geração Z ou de millennials, elenca os grupos com termos como “Geração Bossa Nova”, “Geração .Com” e mais. Uma nomenclatura baseada nos contextos históricos que moldaram cada época no Brasil.

A obra, que traça um perfil a partir de valores, desejos e interesses, reúne dados fornecidos por quase 10 mil entrevistados em 340 municípios, mapeando 37 índices organizados em 11 dimensões — de religiosidade e família a honestidade e meritocracia. É resultado de um trabalho de quase dois anos, desde a preparação dos questionários à análise.

O livro revela um país empreendedor, desconfiado, orgulhoso da sua cultura e identidade nacional, mas ressentido. Mostra ainda um povo com medo de andar na rua, que enxerga no punitivismo a solução. E expõe um desafio urgente: aumentar os níveis de confiança interpessoal, algo comum em países que obtiveram um alto nível de desenvolvimento institucional, político e econômico.

No texto, Nunes destaca que o sentimento de insegurança no Brasil cresce de acordo com o tamanho da cidade. Na média, 58% dos brasileiros dizem não se sentir seguros. Nas capitais, esse sentimento sobe para 70%, contra 62% nas cidades grandes, com mais de 100 mil habitantes; 53% nas médias, entre 30 mil e 100 mil residentes; e 44% nas pequenas, com até 30 mil moradores.

Além disso, quanto mais inseguro se sente, mais punitivista é o brasileiro. Três em cada quatro (77%) acreditam que deveria existir pena de morte para crimes hediondos, como o estupro. Ao mesmo tempo, cerca da metade (52%) acha que mulheres que abortam devem ser presas. E pouco mais que um quarto dos brasileiros concordam em facilitar a compra e a posse de armas — parcela semelhante à dos favoráveis à legalização da maconha.

Créditos

You may also like