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Dólar acumula queda de 14,68% no ano e fecha no menor patamar desde junho. O que esperar daqui para frente?

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O que prevaleceu e determinou o desempenho da moeda foi o cenário externo, avalia o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Por ser feriado do Dia dos Veteranos, não houve negociações com títulos públicos nos Estados Unidos, o que deixou o mercado mais leve. Assim, o dólar perdeu valor em relação às principais moedas.

Agostini explica que, como os serviços públicos básicos estão parcialmente paralisados em razão do shutdown, algumas áreas de estatísticas seguem divulgando os dados de pesquisa do mercado de trabalho, que têm grande peso nas decisões de política monetária. Nesta terça-feira, foi divulgado o relatório da ADP, empresa privada que faz levantamentos sobre o mercado de trabalho. Segundo o levantamento, foram perdidas 11.250 vagas no setor privado norte-americano.

– Isso reforça a percepção de maior fragilidade da economia norte-americana. Lembrando que a última decisão sobre a taxa de juros nos Estados Unidos foi tomada praticamente ‘às cegas’, sem informações completas sobre o mercado de trabalho.

No cenário interno, também pesou o resultado do IPCA, que veio abaixo da mediana das expectativas e levou algumas casas a revisarem suas projeções para a inflação deste ano.

– A ata do Copom também ajudou a amenizar aquele sentimento de uma postura mais ‘hawkish’ do Banco Central, aquela postura mais cautelosa e até ameaçadora de voltar a subir os juros. A ata praticamente eliminou esse cenário, e o mercado reagiu de forma muito positiva, inclusive com a Bolsa de Valores renovando recorde.

Segundo Thiago Calestine, economista e sócio da Dom Investimentos, o mercado sinaliza principalmente nas taxas mais longas de juros, um horizonte um pouco mais claro para o Banco Central começar a aliviar o tom nos próximos comunicados.

O que esperar daqui para frente?

Para Agostini, se forem observados os fatores determinantes, como a expectativa de queda dos juros nos Estados Unidos, a tendência é de continuidade do enfraquecimento do dólar e fortalecimento do real.

– Porém, as moedas são ativos financeiros muito sensíveis a fatores conjunturais que, a qualquer momento, podem interromper essa trajetória ou até mesmo revertê-la. Por exemplo, as questões fiscais no Brasil ou algum desentendimento mais acentuado entre EUA e Rússia.

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