Investidores reagem à decisão do Federal Reserve de cortar os juros dos EUA em 0,25 ponto percentual
O dólar comercial subiu 0,62%, aos R$ 5,469, o maior nível desde outubro. Essa é a mesma cotação registrada em 14 de outubro. Antes, o maior nível foi em 10 de outubro, aos R$ 5,503. A moeda norte-americana atingiu R$ 5,419 na mínima e R$ 5,49 na máxima. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), tinha queda de 0,92% às 17h11, aos 159.441pontos.
Os investidores reagem à decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) de cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 3,50% a 3,75% ao ano. A taxa está no menor patamar desde novembro de 2022, quando a decisão de política monetária elevou o patamar para o intervalo de 3,75% a 4,00% ao ano.
Nove dos integrantes votaram por uma redução de 0,25 pontos. Stephen Miran, indicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), votou por um corte de 0,5 pontos. Os outros 2 votaram pela manutenção da taxa. A decisão seguiu a expectativa do mercado, segundo analistas consultados pela Reuters. Eis a íntegra (PDF – 174 kB, em inglês).
Os agentes financeiros aguardam também o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária), que divulgará a taxa básica do Brasil, a Selic, nesta 4ª feira (10.dez.2025). O colegiado deve manter o juro-base em 15 ao ano, mas há dúvidas sobre as sinalizações que serão feitas.
No radar dos investidores também está o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país. A taxa anualizada –acumulada em 12 meses– desacelerou de 4,68% em outubro para 4,46% em novembro. O percentual ficou dentro do patamar permitido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que definiu uma meta de 3% com tolerância de até 4,5%.
A autoridade monetária estimou, em julho, que a inflação anualizada ficaria dentro do intervalo da meta somente no 1º trimestre de 2026.
A taxa anualizada do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi de 4,18%, patamar inferior ao IPCA. O percentual é utilizado como base para calcular o salário mínimo –que tem impacto nas contas públicas do governo.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai aumentar o valor para R$ 1.621 em 2026, uma alta de R$ 103. É uma quantia menor ao aprovado pelo Congresso no Pldo (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), que era de R$ 1.627. O salário mínimo reajusta o piso de benefícios previdenciários e programas sociais.
