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Dom Tomé Makhweliha exorta Irmãs a viverem a consagração com humildade e serviço

by admin

A Paróquia de Santa Maria, em Namicopo, Arquidiocese de Nampula, norte de Moçambique, acolheu no último domingo (07/12) a Profissão Perpétua de quatro irmãs da Congregação de Nossa Senhora da Paz e da Misericórdia, numa Missa presidida pelo Arcebispo Emérito de Nampula, Dom Tomé Makhweliha. Na homilia, o prelado destacou a consagração como graça e missão, chamando as religiosas à humildade, fidelidade e total disponibilidade ao serviço de Deus e do seu povo.

Cremildo Alexandre – Nampula, Moçambique

A Paróquia de Santa Maria, em Namicopo, foi pequena para acolher as centenas de fiéis, religiosas e sacerdotes que participaram, neste domingo, na solene Missa de Profissão Perpétua das irmãs Olga Jamal Agostinho, Estefânia Jorge, Valdete Armindo e Belita Rafael Gabriel Ussene, da Congregação de Nossa Senhora da Paz e da Misericórdia. A celebração foi presidida pelo Arcebispo Emérito de Nampula, Dom Tomé Makhweliha, que deixou uma profunda reflexão sobre o sentido da consagração religiosa.

Na sua homilia, Dom Tomé recordou que a Igreja “se alegra e se orgulha” com a entrega das irmãs, sublinhando que a vida consagrada é antes de tudo “uma resposta à graça especial de Deus” e não uma escolha movida por prestígio ou vaidade. O prelado explicou que a vocação religiosa exige humildade, perseverança e espírito de serviço:


Profissão Perpétua das irmãs Olga Jamal Agostinho, Estefânia Jorge, Valdete Armindo e Belita Rafael Gabriel Ussene, da Congregação de Nossa Senhora da Paz e da Misericórdia   (Cremildo Alexandre, Rádio Encontro (Nampula, Moçambique))

“Ser irmã é graça, mas também missão. Deus encantou-se por vocês e escolheu-vos. Nada de orgulho: apenas agradecimento e disponibilidade para servir.”

A partir do Evangelho, o arcebispo destacou a decisão das consagradas de renunciar ao matrimónio “por causa do Reino de Deus”, lembrando que os verdadeiros eunucos são aqueles que se oferecem totalmente a Deus para o bem do povo.

Ilustrando a exigência da vocação, Dom Tomé comparou a vida religiosa ao processo de transformar a casca da árvore em pano, que exige ser “batida, moldada e trabalhada”:

“Também a irmã deve deixar-se trabalhar pela graça de Deus, para ser o pano que a Igreja pode vestir, servindo os pobres, os doentes e os abandonados.”

A celebração contou com a presença de sacerdotes, irmãs consagradas e delegações do Santuário de Massangulo (Diocese de Lichinga) e do Santuário de Meconta, onde uma das irmãs realizaram experiências pastorais. Cânticos, emoção e um forte ambiente de alegria marcaram a festa.

Na mensagem final, as irmãs professas agradeceram a todos que as acompanharam na caminhada vocacional, reconhecendo que “não foi fácil”, e pediram oração para permanecerem fiéis. A responsável da congregação lembrou que os votos perpétuos “não tornam o coração imune às tentações do mundo”, pedindo firmeza na fé e esperança.

Profissão Perpétua na Paróquia de Santa Maria, em Namicopo, arquidiocese de Nampula (Moçambique)

Profissão Perpétua na Paróquia de Santa Maria, em Namicopo, arquidiocese de Nampula (Moçambique)   (Cremildo Alexandre, Rádio Encontro (Nampula, Moçambique))

Fundada por Dom Manuel Vieira Pinto, primeiro Arcebispo de Nampula, a Congregação de Nossa Senhora da Paz e da Misericórdia continua a inspirar gerações de mulheres que colocam a vida ao serviço de Deus e do seu povo.

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