A Mondelez International, dona de marcas como Lacta, Tang e Oreo, reportou lucro líquido de US$ 743 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 12,9% em relação ao obtido no mesmo intervalo de 2024. O lucro diluído por ação saiu de US$ 0,63 para US$ 0,57. Já no critério ajustado, o lucro por ação ficou em US$ 0,73.
Entre julho e setembro, o lucro operacional foi de US$ 744 milhões, queda de 35,5% em relação ao ano anterior.
De acordo com a companhia, a queda nos resultados reflete efeitos negativos relacionados a aquisições, perda não monetária com liquidação de plano de pensão no Canadá, efeitos de desinvestimentos do ano anterior e ausência dos impactos positivos iniciais de mudanças na legislação tributária ocorridas no ano anterior.
“Esses fatores negativos foram parcialmente compensados por variações favoráveis nos impactos de marcação a mercado, ganho em transação de investimento por equivalência patrimonial, menores encargos com impairment [baixa contábil] de ativos intangíveis, resolução favorável de questão tributária indireta e ausência de custos do programa ‘Simplify to Grow’ [Simplificar para Crescer] do ano anterior”, disse a companhia em carta aos acionistas.
A receita líquida da Mondelez cresceu 5,9% na base anual, para US$ 9,74 bilhões no trimestre, com a receita da América Latina somando US$ 1,24 bilhão, alta de 2,8%.
“Entregamos um crescimento sólido de receita, apesar do impacto da inflação recorde nos custos do cacau, com o terceiro trimestre representando o pico dos custos no ano”, disse Dirk Van de Put, presidente do conselho e diretor-presidente da Mondelez, em comunicado que acompanhou o balanço. “Embora antecipemos que as condições desafiadoras continuarão em alguns mercados, estamos encorajados pela recente moderação nos preços do cacau, bem como por sinais promissores de uma safra forte neste outono”, complementa.
Para 2025, a empresa com sede em Chicago, dos EUA, agora espera que o crescimento da receita líquida orgânica seja de aproximadamente 4% e que o lucro por ação ajustado deve cair cerca de 15% em termos de moeda constante. A companhia também espera um fluxo de caixa livre de mais de US$ 3 bilhões em 2025.
Há pouco, as ações da companhia subiam 4,1% no pós-mercado na Nasdaq, em Nova York, cotadas a US$ 57,75. No pregão regular, os papéis avançaram 2,35%, para US$ 60,21.
