Nesta segunda-feira, 15 de dezembro, a notícia da morte do diretor Rob Reiner e de sua esposa, Michele Singer Reiner, abalou o mundo do cinema e levou múltiplos colegas da indústria a compartilharem seus pêsames pelas redes sociais. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por outro lado, viu o momento como oportunidade de atacar o cineasta, que em vida foi um de seus grandes opositores. Por meio da rede social Truth Social, Trump brevemente reconheceu que o ocorrido era “muito triste”, mas então pontuou: “Rob Reiner, um homem perturbado e mal das pernas, mas que um dia já foi um grande diretor e astro da comédia, morreu junto da esposa, Michele, aparentemente devido à raiva que provocava nos outros por meio de sua gigantesca, incansável e incurável aflição neurodegenerativa: a ‘síndrome de transtorno Trump”, às vezes chamada de STT”.
A declaração insensível responde a diversas críticas de Reiner contra o republicano. Em 2017, o artista afirmou que Trump era “mentalmente incapaz” de presidir os EUA e, no ano seguinte, que ele era um traidor da pátria. Mais recentemente, em outubro, Reiner comparou a atual atmosfera política ao Macarthismo, dizendo que o clima opressivo era ainda pior que a perseguição anticomunista orquestrada nos anos 1950.
A tal “STT” é uma hipótese levada a sério por trumpistas. Em março, o deputado Warren Davidson, de Ohio, registrou um ato que almejava direcionar recursos dos Institutos Nacionais de Saúde ao estudo das “raízes psicossociais” do suposto transtorno. Na mesma época, republicanos do Minnesota pediram que o termo fosse acrescentado ao dicionário da saúde mental oficial do estado.
A morte de Rob Reiner
Reiner e Michele foram encontrados na noite de domingo, 14, e a Polícia de Los Angeles trata o caso como homicídio. Horas depois, o filho do casal, Nick Reiner, foi detido como principal suspeito.
Reiner primeiro despontou como ator cômico, depois dez sucesso também atrás das câmeras com seu primeiro longa, Isto é Spinal Tap (1984), uma paródia das bandas de hair metal que despontavam na época. Outros de seus sucessos incluem a adaptação de Stephen King Conta Comigo (1986), o conto de fadas A Princesa Prometida (1987), a comédia romântica Harry e Sally – Feitos Um para o Outro (1989) e o terror Louca Obsessão (1990). Mais recentemente, em 2025, lançou a sequência Spinal Tap 2: The End Continues, que não foi lançada em cinemas no Brasil.
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