Pelo menos duas pessoas foram mortas num ataque de drones na região de Saratov, no sudoeste da Rússia.
De acordo com o governador da região, Roman Busargin, o ataque de um drone danificou vários apartamentos de um edifício residencial de vários andares. Além disso, foram partidas várias janelas de um jardim de infância e de uma policlínica. Segundo as autoridades, não se encontravam crianças ou doentes nas instituições na altura do ataque.
O Ministério da Defesa russo afirmou, no sábado, que tinha abatido 41 drones ucranianos no território russo durante a noite.
A Federação Russa continua a atacar as infra-estruturas energéticas da Ucrânia
Durante a noite de sábado, na Ucrânia, alguns distritos da região de Kherson, incluindo o centro administrativo, ficaram sem eletricidade em decorrência dos ataques russos às infra-estruturas energéticas, informou o chefe da região, Alexander Prokudin.
A região de Odessa foi alvo de um ataque maciço de drones e mísseis. Houve explosões em vários bairros de Odessa. Foram atingidas instalações de energia e infra-estruturas civis. De acordo com os meios de comunicação social locais, quase toda a cidade ficou sem luz, água e aquecimento. As equipas de salvamento informaram que pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.
Kiev e os seus aliados ocidentais afirmam que a Rússia está a tentar paralisar a rede eléctrica ucraniana e impedir o acesso dos civis ao aquecimento, à luz e à água corrente pelo quarto inverno consecutivo, utilizando o frio como uma arma adicional contra os ucranianos.
De acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, a Rússia disparou mais de 450 drones de ataque e 30 mísseis de vários tipos contra a Ucrânia no sábado à noite. O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que milhares de pessoas ficaram sem luz nas regiões de Kirovograd, Mykolaiv, Odessa, Sumy, Kharkiv, Kherson e Chernihiv.
“É importante que agora todos vejam o que a Rússia está a fazer”, sublinhou Zelensky nas redes sociais. – Cada passo que eles dão no terror contra o nosso povo, todos os ataques. Porque, definitivamente, não se trata de acabar com a guerra. Eles continuam a querer destruir o nosso Estado, infligir o máximo de dor possível ao nosso povo”.
“É por isso que precisamos de apoio em tudo o que ajude a proteger a vida e a pôr fim a esta guerra: reforçar a defesa aérea e os nossos soldados na frente de combate, reforçar as nossas capacidades de longo alcance e aumentar a pressão sobre a Rússia”, continuou o Presidente ucraniano. – Para que todos os nossos esforços diplomáticos tenham resultados, temos de pressionar o agressor para que termine a guerra que começou”.
As conversações de paz ainda não produziram resultados
Os esforços do presidente americano Donald Trump para alcançar um acordo de paz entre Moscovo e Kiev ainda não produziram resultados concretos.
O assessor presidencial russo Yuri Ushakov disse na sexta-feira que a polícia russa e a Guarda Nacional permanecerão no Donbass, no leste da Ucrânia, e controlarão a região rica em indústrias, mesmo que um acordo de paz termine quase quatro anos de agressão russa. É provável que a Ucrânia rejeite esta posição.
Moscovo só concordará com um cessar-fogo depois que as forças ucranianas forem retiradas da linha de frente, disse Ushakov aos meios de comunicação russos.
Entretanto, a Alemanha disse que receberia o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na segunda-feira para conversações sobre um acordo de paz, nas quais os líderes europeus também tencionam desempenhar um papel.
Os negociadores norte-americanos estão a tentar, há meses, chegar a um acordo sobre as exigências de cada lado, uma vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, insiste num fim rápido da guerra, cada vez mais irritado com os atrasos. Mas a procura de possíveis compromissos encontrou um grande obstáculo na forma da relutância de Kiev em fazer as concessões territoriais exigidas por Moscovo.
