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A economia da Argentina expandiu mais do que o previsto em setembro, apesar de uma maior agitação no mercado provocada pelas eleições intermediárias locais e nacionais.
A atividade econômica cresceu 0,5% em relação a agosto e 5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo informou nesta terça-feira a agência nacional de estatísticas. Os economistas consultados pela Bloomberg estimavam uma expansão anual de 1,9%. O dado mensal de agosto foi revisado para refletir um crescimento de 0,7%, acima dos 0,3% anteriores.
Em 7 de setembro, os eleitores da província de Buenos Aires, onde vive 40% da população, impuseram uma dura derrota ao partido do presidente Javier Milei em eleições locais que buscavam reformular a legislatura estadual. O mau resultado do governo pró-mercado de Milei fez os preços dos ativos caírem, já que os investidores se preparavam para o pior em uma votação nacional mais ampla no fim de outubro.
Milei então protagonizou uma importante recuperação com uma vitória esmagadora em 26 de outubro, o que permitiu ao seu partido mais que dobrar sua representação no Congresso. Os ativos se recuperaram à medida que aumentava a confiança na ambiciosa agenda de reformas do governo e diminuía a probabilidade de um giro à esquerda.
O peso recuou 2,6% em setembro, o maior enfraquecimento entre as moedas de mercados emergentes, o que impulsionou a competitividade nos setores exportadores que há muito tempo reclamavam que a taxa de câmbio estava supervalorizada.
Os economistas preveem que a segunda maior economia da América do Sul crescerá 3,9% neste ano, com uma inflação de 30%, segundo uma pesquisa do banco central.
