Apostar a vida, como se este bem maior pudesse ser oferecido em disputa numa loteria qualquer, é uma escolha insensata.
Verifica-se tal atitude no km-661 da rodovia BR-101, em trecho situado dentro do município de Itapebi, no extremo sul.
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Ali, a estrutura de uma ponte sobre o Rio Jequitinhonha pode ruir na travessia de veículos com peso acima de 33 toneladas.
Não é intenção dos gestores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) atrasar a viagem.
Conforme revelou A TARDE, enquanto se constrói nova ponte, a cautela é necessária para evitar um gravíssimo acidente de efeitos imprevisíveis.
Cabe aos pesquisadores de comportamento no trânsito investigar por que condutores desistem de usar a inteligência e seu atributo, o poder do raciocínio.
Não é difícil introduzir à lógica: se a vida é valiosa e as condições da via são precárias, a prudência aumenta a probabilidade de chegar ao outro lado, enquanto a imprudência a reduz.
Sem seguir as orientações, os motoristas ficam expostos a despencar com suas máquinas.
Como falta educação, resta ao Dnit restringir o tráfego a carros de passeio, vans, micro-ônibus, ônibus e caminhões com até dois eixos, um veículo por vez.
Havia sido concedida pelo órgão federal a liberação provisória do equipamento, mediante seguirem os conselhos.
Quatro foram as mais frequentes manifestações de valentia – excedente da virtude da coragem.
Desobedeceram a tonelagem; outros pisaram no pedal mais de 30 quilômetros por hora, limite estabelecido; verificou-se também a insistência em passar dois ou mais veículos, indevidamente; e, além de todas estas derrapagens comportamentais, ignorou-se a distância mínima, sem o controle de pare e siga.
A retomada das obras emergenciais tinham por meta preservar o elo de cimento; para tanto pediu-se, sem êxito, a compreensão dos usuários.
É possível aceitar as críticas de manutenção deficiente, atribuindo o erro às restrições de investimento, mas não se corta o braço porque o dedo está ferido.
